Um «uau!» de admiração ouviu-se esta quarta-feira no Tribunal de Gondomar quando o árbitro Sérgio Pereira mostrou ao colectivo de juízes um apito dourado que afirma ter recebido de prenda do Gondomar SC, noticia a agência Lusa.
Sérgio Pereira, a dirigir jogos de futebol há 24 anos, foi um dos três árbitros que passou da condição de arguido à de testemunha no âmbito do processo «Apito Dourado» de Gondomar, por decisão do juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira.
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O árbitro disse ao tribunal que, entre 1998 e 2008, apitou sete jogos do Gondomar SC, cinco dos quais da equipa sénior.
«Sempre que eu arbitrei o Gondomar, o clube não ganhou um único jogo», garantiu.
Admitiu, contudo, que recebeu uma oferta do clube, em 2000, declarando-se disponível para a mostrar, caso o juiz-presidente, Carneiro da Silva, o autorizasse.
Obtida a anuência, Sérgio Pereira tirou do bolso um apito dourado, garantindo ter sido essa a oferta recebida do clube.
Disse, no entanto, não se recordar quem foi o dirigente que lha deu.
Aníbal Gonçalves, outro árbitro que passou de arguido a testemunha, foi também ouvido esta quarta-feira pelo colectivo de juízes de Gondomar, garantindo que nunca recebeu qualquer prenda do Gondomar.
O presidente da Associação de Futebol de Aveiro, Elísio Amorim, foi também outra das testemunhas ouvidas.
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Para a audiência da tarde prevê-se a audição do perito de arbitragem Jorge Pombo.
Na audiência, o juiz-presidente Carneiro da Silva confirmou que a testemunha Carolina Salgado estaria ausente, ao contrário do previsto, porque foi chamada, na mesma altura, ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.
O magistrado não adiantou a nova data em que Carolina Salgado prestará o seu depoimento.
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