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FMI: economia mundial não está fora de perigo

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Alerta de Christine Lagarde na cimeira do G20. Líderes mundiais fixam abril como prazo para tomada de decisões

A economia mundial não está fora de perigo apesar do abrandamento das tensões financeiras na zona euro. O aviso parte da diretora do Fundo Monetário Internacional.

Para Christine Lagarde, o G20 deve continuar a «fortalecer» a sua resistência a choques que possam ocorrer no futuro devido aos sistemas financeiros que permanecem frágeis, à elevada dívida pública e privada e à alta do preço do petróleo a nível mundial.

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Apesar das preocupações, o presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, disse também no México, onde decorre a cimeira do G20, que a economia europeia estava a começar a estabilizar com melhorias pontuais.

«Em alguns países vai registar-se uma recessão moderada, mas para a maioria da zona euro, a situação parece agora estabilizar», disse ao salientar o regresso da confiança dos mercados financeiros em relação ao euro.

O G20 prometeu reforçar o combate à crise da dívida na zona euro, mas através do FMI. E fixou abril como prazo para tomar decisões. Este adiamento está a desanimar as bolsas europeias.

«No final de março, os países da zona euro irão fazer uma avaliação sobre o reforço das suas instituições que promovem apoio financeiro».

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O resultado da avaliação será «fundamental na decisão que o G20 tomará para canalizar maiores recursos para o Fundo Monetário Internacional».

Em março, os países da zona euro terão de definir se reforçam os fundos de resgate e se juntam os recursos restantes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira aos do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que deverão atingir em conjunto os 750.000 milhões de euros.

O FMI propôs o aumento para 500.000 de dólares (371,5 mil milhões de euros) da sua capacidade de empréstimo, embora a diretora geral da instituição, Christine Lagarde já tenha dito que o valor é passivel de discussão e que essa capacidade teria de ser combinada com outros recursos de nível europeu.

Avisos do FMI à parte, o secretário norte-americano do Tesouro considerou que o G20 conseguiu «importantes progressos» no estabelecimento de requisitos de capital mais exigentes para as instituições financeiras de forma a evitar futuras crises.

No final da reunião, Timothy Geithner explicou que os participaram analisaram os esforços globais para fortalecer os mecanismos de salvaguarda contra as crises financeiras.

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«Estamos a assistir a uma ampla convergência de estratégias de supervisão e transparência nos mercados de derivados».

Apesar dos esforços internacionais e do Estados Unidos estarem a trabalhar na troca de informação para evitar problemas em grandes instituições, Timothy Geithner disse também que as ações empreendidas pela Europa para lidar com a crise da divida evitaram uma potencial «catástrofe» financeira, mas insistiu na criação de um mecanismo «corta-fogo» para evitar os contágios.

China também recebe avisos

O presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick, exortou entretanto a China a «reformar» a sua economia, afirmando que o país «atingiu um ponto de viragem» e que o «atual modelo» de crescimento «é insustentável».

«A causa a favor das reformas é convincente porque a China atingiu agora um ponto de viragem no seu processo de desenvolvimento», disse Zoellick em Pequim, no lançamento do estudo «China 2030», elaborado pelo Banco Mundial e pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento do Conselho de Estado chinês.

«Chegou a altura de estar à frente dos acontecimentos e adotar grandes mudanças nas economias mundial e nacional».

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