O número de imigrantes em Portugal aumentou 2,5 vezes na década que terminou em 2005, mas nesse ano registou-se pela primeira vez uma descida no número de estrangeiros a viver legalmente no país, conclui um relatório internacional, escreve a Lusa.
Os principais responsáveis pela descida foram os ucranianos que, num ano, baixaram dos 67 mil para 44.900, um decréscimo de 32 por cento, ainda de acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado hoje.
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O recorde de imigrantes foi atingido em 2004, com 469.100 pessoas, que desceram para 432 mil no ano seguinte.
Dez anos antes, o grupo de estrangeiros legalizados no país ficava-se pelos 172.900, cerca de 2,5 vezes menos do que há dois anos, data dos últimos dados apresentados pela OCDE.
Segundo a estatísticas citadas pelo relatório, chegaram a Portugal 28 mil novos imigrantes em 2005, menos seis mil que no ano anterior.
Esse declínio deve-se ainda, de acordo com a OCDE, ao baixo crescimento da economia portuguesa.
O maior grupo é agora o dos brasileiros (70.400 em 2005), seguidos de perto pelos cabo-verdianos (69.600), pais cujo fluxo migratório, ao contrário da maioria, tem vindo sempre a aumentar.
Os cabo-verdianos passaram de 47.100 em 2000 para 69.600 cinco anos depois, dando o maior salto neste ano, em que passaram a ser mais quatro mil do que em 2004.
Depois destes três países, surgem Angola (34.600), Guiné-Bissau (25.200) e Reino Unido (19.000).
Relativamente à população portuguesa, a taxa de imigrantes rondava, há dois anos, os 4,3 por cento.
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