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Terminal de cruzeiros: oposição quer informação

António Costa diz que o projecto está «morto e enterrado»

O abandono do projecto do terminal de cruzeiros para Santa Apolónia foi recebido pela oposição camarária em Lisboa com agrado e críticas ao facto de nunca ter sido apresentado formalmente e discutido pelos vereadores, informa a agência Lusa.

O social-democrata Fernando Negrão reagiu com surpresa, embora considere ser uma boa notícia o fim do projecto com um muro de seis metros de altura e 600 de comprimento, que o presidente da Câmara, António Costa, afirmou esta terça-feira que é um projecto «morto e enterrado» por falta de «qualidade arquitectónica».

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Negrão sublinhou que o presidente da autarquia não tem competência para anunciar decisões que competem ao Governo, através da Secretaria de Estado dos Transportes, e à Administração do Porto de Lisboa (APL) e que «só o Governo é que pode matar este projecto», acrescentou.

O independente Carmona Rodrigues disse que só conhece o projecto «pelo que saiu nos jornais», afirmando que a APL se resguardou na lei que estipula que as obras portuárias não têm que ser licenciadas pelas autarquias apesar de também dizer que as câmaras têm que tomar conhecimento delas.

A vereadora dos Cidadãos por Lisboa Helena Roseta criticou o facto de o projecto não ter passado pelos vereadores da Câmara da capital, afirmando que discutir os projectos «à porta fechada» é «o caminho contrário àquilo de que sempre falámos na campanha eleitoral, a participação dos cidadãos nas decisões».

O vereador da CDU Ruben de Carvalho congratulou-se pelo fim do projecto, um «pesadelo», apesar de frisar que os comunistas não são «a priori» contra a construção de um terminal de cruzeiros em Lisboa e assinalando o «problema mais vasto» das relações entre a Câmara e a APL, que «gere a seu bel-prazer» a frente ribeirinha da cidade.

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