O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, chamou ao seu gabinete esta quarta-feira o vereador do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, para lhe perguntar se queria protecção pessoal. Isto, após ter sido noticiado os assaltos à casa e ao escritório do seu irmão, Ricardo Sá Fernandes.
Em declaraçôes à Sic Notícias o vereador bloquista disse ter recusado a proposta por não se sentir ameaçado.
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Carmona Rodrigues convocou ainda, para quinta-feira, uma reunião com todos os vereadores da CML, que deverá decorrer à porta fechada por volta das 12h.
Já o vice-presidente da autarquia, Fontão de Carvalho, considerou esta quarta-feira que o executivo PSD tem condições para continuar a gerir a autarquia da capital, em entrevista à Sic Notícias.
Recorde-se que a vereadora com o pelouro do Urbanismo e o director municipal dos Serviços Centrais, Remédio Pires, foram constituídos arguidos. O próprio Fontão de Carvalho confirmou, no decorrer da entrevista, a informação ao dizer que «o facto de se ser arguido num processo não significa que se seja culpado. Às vezes, isso acontece para que as pessoas possam participar no processo e agir em sua defesa».
«Fomos eleitos por 120 mil lisboetas. Temos responsabilidades para com quem nos elegeu. Passou um ano e meio [desde as eleições autárquicas] e temos a mesma determinação, temos projectos para a cidade de Lisboa e é essa a nossa vontade», sustentou o autarca.
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Fontão de Carvalho manifestou a confiança política do executivo na vereadora Gabriela Seara, que acompanhou no anterior mandato as negociações com a Bragaparques. «É uma pessoa dedicada, empenhada, honesta e séria», disse.
O vice-presidente sublinhou também que o executivo «não tem nada a temer» e que «todos os vereadores do PSD querem que este assunto seja esclarecido o mais rápido possível». Lembrando, mais uma vez, que a própria CML pediu a investigação em Julho de 2005.
Quanto às diligências efectuadas pela PJ, Fontão de Carvalho confirmou a realização de buscas ao seu gabinete na autarquia e à sua casa, em que, disse, foram apreendidos computadores e «documentos oficiais».
O autarca adiantou que as buscas incidiram apenas sobre documentação relativa a este processo.
Da sua residência, a PJ levou «um computador e alguns documentos», além de «fotocópias de cartões de crédito cujas contas estão perfeitamente disponíveis», acrescentou.
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