O vice-presidente social-democrata Azevedo Soares garantiu que a ««equipa do PSD» na Câmara de Lisboa continua a ter o apoio do partido, considerando que existe apenas um problema com uma vereadora, escreve a Lusa.
«O problema da manutenção da confiança nem se coloca. O PSD ajudou na eleição da equipa, todos os vereadores foram eleitos e têm de se manter no exercício das suas funções», disse à Lusa Azevedo Soares.
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Afastando por completo a hipótese da realização de eleições intercalares por considerar que «se criaria uma instabilidade que apenas prejudicaria a cidade», Azevedo Soares assegurou que o partido irá continuar a apoiar a equipa eleita.
«O PSD não vai deixar de alterar a sua posição só porque uma vereadora tem um problema», sublinhou, numa referência à vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara, constituída arguida no âmbito das investigações da PJ ao processo do Parque Mayer.
«Uma vereadora foi constituída arguida, vamos aguardar a ver o que ela faz, se suspende ou não o mandato. O PSD apenas deseja que a justiça seja célere, rápida e eficaz e que a câmara municipal continue a governar com a legitimidade que lhe foi conferida», acrescentou.
Questionado sobre se entende que o presidente Carmona Rodrigues tem condições para se manter no cargo, Azevedo Soares foi peremptório, considerando que a autarquia não está em jogo.
«Claro que tem condições, o que existe é um problema com uma vereadora. Não é a Câmara que está em jogo», afirmou.
A PJ e o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) realizaram terça-feira buscas a instalações da Câmara de Lisboa, como os Paços do Concelho e o edifício do Campo Grande, onde funcionam os Departamentos de Urbanismo e Património, no âmbito da investigação ao negócio da permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular.
A Polícia Judiciária suspeita de crimes como participação económica em negócios, tráfico de influências e corrupção, tendo ainda realizado buscas nas casas do vice-presidente da autarquia e da vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara (PSD), além das instalações da Bragaparques em Lisboa e em Braga e da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).
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