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APL é uma «associação de malfeitores»

Miguel Sousa Tavares diz que as obras que a entidade aprova são «inimigos públicos da cidade»

O jornalista Miguel Sousa Tavares qualificou quinta-feira a Administração do Porto de Lisboa (APL) de «associação de malfeitores» durante um debate sobre a construção do novo terminal de cruzeiros, obra promovida por aquela entidade.

«Ao contrário de pessoas que dizem que a Administração do Porto de Lisboa tem coisas positivas, eu acho que é uma associação de malfeitores», afirmou Miguel Sousa Tavares no debate promovido pelo Fórum Cidadania Lisboa e pela Associação do Património e da População de Alfama.

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Segundo Sousa Tavares, «não é por acaso» que APL, tutelada pelo Ministério das Obras Públicas não se fez representar no debate sobre o terminal, uma obra que envolve a construção de um hotel e de um muro com seis metros de altura e cerca de 600 metros de comprimento.

«É um inimigo público da cidade», acusou Sousa Tavares, referindo-se a construções autorizadas por aquela entidade, tutelada pelo Ministério das Obras Públicas, que tem jurisdição sobre a frente ribeirinha da capital.

O jornalista desafiou o advogado José Miguel Júdice, que poderá vir a coordenar a reabilitação da frente ribeirinha, e esteve no debate, a modificar as relações da APL com a cidade.

«Está numa situação invejável porque não tem nada a perder, não quer o lugar e tem uma oportunidade única de fazer obra», afirmou dirigindo-se a Júdice.

«Exija poder de facto sobre a Administração do Porto de Lisboa, poder de suspensão sobre o que está em causa», incitou.

José Miguel Júdice recusou contudo esclarecer que papel poderá desempenhar na reabilitação da frente ribeirinha.

«Neste momento pouco ou nada posso dizer. Estou numa espécie de limbo», advertiu no início do debate que decorreu no Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

O ex-presidente e actual vereador independente Carmona Rodrigues afirmou quarta-feira, na reunião do executivo municipal, que no anterior mandato o Governo manteve contactos com a autarquia para a constituição de três sociedades para a reabilitação da frente Tejo e admitiu que nesses encontros foi referido pelo Governo «como nome de um possível coordenador o doutor José Miguel Júdice».

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