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PJ admite que partida dos McCann dificulta investigações

O regresso a Inglaterra dos pais da criança inglesa desaparecida no Algarve, constituídos arguidos no processo, vai dificultar as investigações da Polícia Judiciária.

A garantia é dada esta segunda-feira à «Lusa», pelo porta-voz da PJ para o caso, Olegário Sousa, que disse que o regresso dos pais de Maddie McCann a Rothley, Inglaterra, «pode dificultar as investigações», nomeadamente quando houver «necessidade de novos interrogatórios» a Kate e Gerry McCann.

«Em caso de necessidade de novos interrogatórios, o facto de os pais terem ido para Inglaterra pode dificultar, porque obriga ao cumprimento de prazos legais», explicou o inspector-chefe.

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Além disso, adiantou, as convocatórias para eventuais novas inquirições «terão de ser feitas através do advogado» do casal.

Questionado sobre o facto de os pais poderem recusar deslocar-se a Portugal para serem interrogados, o porta-voz da PJ referiu que «a lei portuguesa tem mecanismos para os obrigar a depor».

«A lei portuguesa tem mecanismos para fazer com que os arguidos compareçam para interrogatório mesmo que não o queiram», disse Olegário Sousa, dando como exemplo a possibilidade de emissão de um mandado internacional de captura.

Porém, na opinião do porta-voz, a emissão do mandado «será a última coisa a acontecer», ressalvando a convicção de que «não há interesse da parte dos arguidos em dificultar mais a situação para o lado deles».

O porta-voz referiu ainda que a PJ vai entregar hoje ao procurador do Ministério Público de Portimão o inquérito sobre o desaparecimento da criança de quatro anos, nomeadamente sobre os resultados laboratoriais e a inquirição aos pais que decorreu quinta e sexta-feira passadas.

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Relativamente à situação processual do primeiro arguido do processo, o luso-britânico Robert Murat, o porta-voz da PJ limitou-se a dizer que «é da responsabilidade do procurador titular do inquérito» tomar uma decisão de o manter ou não como arguido.

Kate e Gerry McCann foram ouvidos no Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PJ de Portimão. Ambos negam qualquer envolvimento no desaparecimento de Madeleine.

Madeleine McCann, de quatro anos de idade, desapareceu a 03 de Maio deste ano quando dormia com os irmãos gémeos num apartamento num empreendimento turístico na Praia da Luz, concelho de Lagos, Algarve, enquanto os pais jantavam num restaurante próximo.

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