O presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica e a vice-presidente do Clube de Campismo de Lisboa exigiram hoje a demissão do responsável máximo do Instituto da Água, considerando que o avanço do mar se deve à inoperância desta entidade.
De acordo com a Lusa, António Neves, presidente da Junta de Freguesia, considera que o Instituto da Água devia ter iniciado obras de reconstrução do paredão «imediatamente a seguir à abertura do primeiros rombos e não depois da catástrofe acontecer».
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A vice-presidente do parque de campismo que tem sido afectado pelo avanço do mar partilha esta opinião e defende que «depois de tanto mal a única prenda que o Orlando Borges poderia dar aos campistas do CCL seria demitir-se».
Obra devia ter sido feita «há cerca de três semanas»
Na maré-cheia da noite passada, o mar destruiu parte das obras de recuperação em curso e voltou a assorear a vala que serve de tampão entre a praia e o CCL, inundando de novo o parque.
Clotilde Morais, vice-presidente do Clube, defendeu que a obra devia ter sido feita «há cerca de três semanas» para não se ter de passar para um plano exclusivo de emergência.
Estas soluções, defende, representam mais custos para o erário público e menor eficácia, visto que o INAG trabalha ao mesmo tempo que o mar vai provocando danos nessas obras.
O presidente da Junta de acrescentou que pondera a possibilidade de um pedido de audição na Assembleia da República para que o presidente do INAG seja chamado à comissão de ambiente.
O maior receio prende-se agora com a possibilidade da areia que assoreou a vala bloquear a danificar as bombas do sistema de drenagem das águas pluviais da Costa de Caparica o que, conciliado com o tempo chuvoso, "poderá mesmo inundar a cidade", admite o presidente da Junta.
A previsão de marés mais fortes estende-se agora até quarta-feira, estando a próxima maré-cheia prevista para as 9:30, hoje de manhã.
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