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Mário Machado nega que o grupo 1143 tenha estado por detrás dos ataques racistas no Porto

Líder da organização extremista refere que o seu grupo não comete crimes e desvaloriza o sucedido: "Há milhares de portugueses agredidos por imigrantes e ninguém quer saber". Ao inverso, Rui Moreira, autarca do Porto, aponta para um crescimento na cidade de casos de criminalidade relacionados com estrangeiros

O líder do Grupo 1143, organização extremista fundada pelo neonazi Mário Machado, disse esta segunda-feira que nenhum dos seus elementos está ligado ao ataque racista que ocorreu durante a madrugada de sexta-feira em três zonas do Porto. 

Num áudio transmitido no telegram do grupo, Mário Machado refere que o seu grupo “não comete crimes, nem organiza crimes” e “sempre se pautou por cumprir com a Constituição, ainda que não concorde com muitos pontos”. As palavras surgem um dia antes de este antigo membro do grupo Hammerskins saber se será condenado a pena de prisão por incitação ao ódio, entre outros crimes.

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Mário Machado, que refere a manifestação “Contra a Islamização da Europa” como o “exemplo máximo de que não cometem[os] crimes”, desvaloriza, no entanto, os ataques registados no Porto - que resultou em agressões violentas contra dez imigrantes argelinos e um venezuelano na casa onde residiam. “Não é algo que nos incomode muito, porque agressões como estas acontecem todos os dias em todo o país. Há milhares de portugueses agredidos por imigrantes e ninguém quer saber”, acrescenta.

Segundo avançou a RTP esta segunda-feira, as autoridades estão a investigar eventuais ligações dos alegados autores das agressões ao grupo 1143.  Pelo menos um dos suspeitos da agressão terá participado numa manifestação organizada pelo grupo de Mário Machado.

Também no domingo na CNN Portugal e novamente esta segunda-feira, em conferência de imprensa na Câmara do Porto, Rui Moreira veio condenar os ataques, sublinhando tratarem-se de "um crime de ódio absolutamente inaceitável". O autarca confirmou também à CNN Portugal o aumento dos casos de criminalidade relacionados com estrangeiros na cidade, referindo que existe, neste momento, um "problema muito sério".

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