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Cheias:Câmara de Sintra não comenta processo

Família de desaparecida em Belas processa autarquia de homicídio por negligência

O presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, escusou-se esta quarta-feira a comentar o processo por homicídio por neglicência contra a autarquia pela família das duas irmãs cujo veículo foi arrastado para a ribeira do Jamor, devido às cheias, noticia a agência Lusa.

Cheias: família de vítimas processam Câmara

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O executivo da autarquia de Sintra prestou esta quarta-feira, durante a sessão camarária, um minuto de silêncio pelas duas vítimas das inundações em Belas.

Durante a reunião camarária, Fernando Seara afirmou que, uma vez que as famílias constituíram um mandatário judicial, «as relações da Câmara passarão a ser feitas com esse mandatário», escusando-se a prestar mais declarações sobre o processo judicial anunciado terça-feira pelo advogado da família das duas irmãs.

A família das duas mulheres que caíram ao rio Jamor no início da semana passada anunciou que vai processar a autarquia de Sintra e a empresa Estradas de Portugal (EP) por homicídio por negligência.

O advogado da família das vítimas, António Pragal Colaço, disse à Lusa que a EP, o município de Sintra e o autarca Fernando Seara serão acusados num processo de homicídio por negligência, alegando que as entidades já tinham sido avisadas do mau estado da Estrada Nacional 117 e do muro que a separava da ribeira do Jamor e que ruiu na sequência das fortes chuvadas.

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«A Câmara tem responsabilidade criminal. Estamos a fazer recolha de cartas e a ouvir testemunhas que já se tinham queixado à câmara das más condições do muro», disse o advogado, acrescentando que «dentro de uma semana ou quinze dias o processo dará entrada no tribunal».

Após o minuto de silêncio, os vereadores da autarquia mostraram o seu pesar pelo acidente - de que resultou a morte de uma das irmãs, encontrada no interior da viatura, estando ainda a ser procurado o corpo da segunda - e enalteceram «o esforço e dedicação» das autoridades que têm participado nas buscas para encontrar o corpo da mulher que caiu ao rio Jamor a 18 de Fevereiro.

«Quero valorizar o trabalho e empenho da protecção civil, dos técnicos das obras municipais, do departamento de ambiente que mobilizou homens e veículos para o terreno, e das juntas de freguesia», disse o vice-presidente da autarquia de Sintra, Marco Almeida, referindo ainda que a «elevada precipitação» contribuiu para a tragédia de 18 de Fevereiro.

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