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PSI20 sofreu a maior desvalorização mensal na Europa

O índice PSI20, o índice de referência para Portugal, registou uma desvalorização de 9,47% entre os dias 27 de Julho e o dia 27 de Agosto.

Esta foi a maior queda nos entre os principais índices europeus. Ainda assim, o PSI20 regista a maior subida em 12 meses, com uma valorização de 17,4%.

Esta queda no principal índice nacional é explicada por um movimento de correcção. «Era natural haver uma correcção», referiu um analista, da Espírito Santo Research (ESR), à Agência Financeira, pois o PSI20 registou «a melhor performance desde o início do ano», sublinhou o mesmo.

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Porém, «houve um exagero» na queda, dada a «fraca liquidez». «Agora os índices europeus estão mais equilibrados», referiu o analista, mas o PSI20 «ainda tem espaço para corrigir».

A pressão compradora foi mais notória devido à fraca liquidez que o mercado português assistiu. A ausência dos investidores e a instabilidade derivada dos elevados níveis do petróleo «dominaram os mercados. Não houve pânico, mas houve vendas, acompanhadas da fraca liquidez», destacou o analista da ESR. «Não havia interesse em comprar devido aos altos níveis do petróleo», reforçou.

No período em análise, o índice da bolsa de Paris, o CAC, registou a maior queda a seguir ao principal índice português. Recuou 8% no espaço de um mês, mas regista uma valorização de 11,3% em 12 meses. Recorde-se que o CAC registou novo mínimo do ano a 16 de Agosto nos 3.452,41 pontos.

No mesmo dia, o índice da bolsa de Frankfurt também fixou novo mínimo, nos 3.618,58 pontos. Ainda assim conseguiu recuperar e subiu 0,97% em um mês, ficando com uma valorização de 10,6% no espaço de um ano.

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O índice de Madrid, o IBEX 35, alcançou uma valorização idêntica ao par germânico. Subiu 10,35% em 12 meses, dos quais 0,51% foram registados entre os dias 27 de Julho e de Agosto deste ano, depois de ter tocado em novo mínimo nos 7.538,78 pontos, a 13 de Agosto último.

Mas a maior valorização num período marcado pela instabilidade nos mercados accionistas, devido à alta do preço do petróleo, pertence ao índice londrino, o FTSE. Este valorizou 3,2% em um mês, mas a valorização em 12 meses é a mais reduzida entre os pares, com um aumento de 6,74%.

Os mercados accionistas têm-se mostrado voláteis, ao sabor do comportamento do preço do petróleo, que ai longo do mês de Agosto atingiu sucessivos máximos históricos. «O mês de Setembro pode dar um mote de como os mercados se vão comportar até ao final do ano», afirmou o mesmo analista. Um comportamento mais definido após as eleições presidenciais norte-americanas, que estão a agitar os mercados bolsistas, devido aos receios de eventuais ataques terroristas nos Estados Unidos.

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