[Notícia actualizada dia 23, às 9h20, com mais informação]
A economia mundial pode suportar o aumento dos preços do petróleo provocado pela instabilidade no Norte de África e no Médio Oriente, desde que seja uma situação temporária, disse esta terça-feira o director adjunto do FMI. Por cá, já se procura petróleo em Alcobaça. Se houver «ouro negro» em Portugal, o país poderá ficar bem mais descansado.
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Mas para já, o Governo português mostra-se preocupado com esta escalada nos preços.
«É improvável que haja uma mudança substancial do panorama económico mundial», afirmou o responsável do Fundo Monetário Internacional, John Lipsky, em declarações ao programa «InsideTtrack», da agência de informação financeira Bloomberg, depois de se saber que os terminais petrolíferos da Líbia foram bloqueados.
Já o presidente da Galp Energia garantiu que o abastecimento de petróleo a Portugal não fica em causa devido aos problemas na Líbia, uma vez que existem no mercado alternativas ao fornecimento.
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Isto depois de o preço do crude ter chegado a avançar 9,05% esta terça-feira para 94 dólares, nos Estados Unidos, naquela que é a maior subida registada desde Abril de 2009.
No mesmo sentido, o preço do barril de «brent», a referência para as importações portuguesas, avançava 2,55% para 108,44 dólares, em Londres, estando a negociar em valores máximos de Setembro de 2008.
A região do Médio Oriente e Norte de África contribuem para 36% da oferta global de petróleo, o que poderá disparar a cotação da matéria-prima nos mercados internacionais com o agudizar dos conflitos políticos que abalam a Líbia, que tem as maiores reservas petrolíferas [em África].
O conflito prejudica também outras matérias-primas, que estavam já a sentir o aumento de preços. Veja o comentário no TVI24, na consola multimédia.
Ainda de acordo com informação compilada pela Bloomberg, a Líbia representava 4,6% dos 29,4 milhões de barris de petróleo produzidos diariamente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em Janeiro, tornando-se no nono maior produtor da OPEP.
A expectativa é de que esta tendência de subida do preço do petróleo se mantenha.
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