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Cadilhe: coligação «tem de ultrapassar» crise política

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Qualquer que seja a solução encontrada para a TSU, terá de ser encontrada em concertação com os parceiros sociais.

O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe disse esta segunda-feira que «o país não entende» as divergências no seio da coligação governamental, exortando PSD e CDS-PP a entenderem-se.

«Acho que o país não entende isto. A coligação tem, não o direito, mas o dever de se entender e estou certo de que vai consegui-lo. Não foi um bom episódio da coligação, o destes últimos dias. Não é uma história para contar», afirmou o antigo ministro de Cavaco Silva.

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A coligação «tem de ultrapassar isto e mostrar ao país que tem o sentido de equilíbrio e a coragem política para chegar às boas soluções», acrescentou Cadilhe, que falava aos jornalistas na Faculdade de Economia do Porto, onde participou numa sessão de lançamento e debate do livro «Portugal na Bancarrota», de Jorge Nascimento Rodrigues.

O antigo ministro considerou que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, «tem um papel importante nas atuais circunstâncias» e «sabe bem o que tem a fazer», no sentido de «superar os antagonismos e mostrar que o caminho do equilíbrio, do bom senso, do gradualismo é o que a coligação tem de seguir».

É um papel «de que o país nem sequer se poderá aperceber em todo o seu alcance», declarou.

Quanto ao PSD, Cadilhe defendeu que o partido «não deve ter reação nenhuma» ao que disse o líder do CDS-PP, Paulo Portas, devendo, isso sim, «mostrar tranquilidade e ir para a frente, com um sentido positivo».

«O país espera que este capítulo seja encerrado e não tenha continuação no resto do livro da coligação», observou.

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O antigo ministro das Finanças manifestou-se ainda convicto de que o Governo vai encontrar uma solução de equilíbrio quanto à Taxa Social Única (TSU) e insistiu na sua oposição ao modelo já publicitado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

«Não me parece que um choque deste tipo seja recomendável», disse, referindo-se ao facto de o Governo ter anunciado que as contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social vão aumentar de 11 para 18 por cento, enquanto as das empresas baixam de 23,75 para 18 por cento.

«Neste momento, nesta conjuntura, nestas circunstancias tão difíceis em que o país está, é preciso um pouco de gradualismo, com equilíbrio cuidado» entre trabalhadores e empresas.

«Tenho as minhas ideias, mas não gostaria de estar a acrescentar mais fogo onde as coisas já estão bastante incendiadas», justificou-se, referindo que, qualquer que seja a solução, terá de ser encontrada em concertação com os parceiros sociais.

«Sem eles, uma medida neste campo não é possível», avisou.

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