A organização não governamental Médicos do Mundo - Portugal (MdM-P) vai participar, assim que estiverem reunidas as condições logísticas, numa missão humanitária de emergência em Moçambique, onde as actuais cheias podem vir a afectar quase 300 mil pessoas, noticia a Lusa.
Num comunicado enviado à Agência Lusa, a organização, enquanto membro do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF, na sigla inglesa), entidade coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), está já a procurar mobilizar recursos de diversas fontes.
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A missão conjunta está ainda na fase de avaliação das necessidades, após o que serão definidas as áreas prioritárias de intervenção, enquadradas em quatro domínios.
São eles a montagem de um sistema de vigilância epidemiológica, em colaboração com o Ministério da Saúde moçambicano, e o tratamento de malárias e diarreias decorrentes de cólera e desinteria, através da vacinação (sarampo, cólera e, possivelmente, meningite) e tratamento da água (cloro e tanques flexíveis com água tratada, distribuição de redes e/ou pulverização dos campos).
Por outro lado, a ideia é também promover a saúde, nomeadamente na preparação de material de informação específico para os centros de acolhimento destinados à prevenção destas doenças e promoção de hábitos de higiene, bem como a capacitação de pessoal técnico de saúde e activistas comunitários.
A missão, com duração prevista de três a quatro meses, será, numa primeira fase, levada a cabo pela equipa que os MdM-P têm actualmente no terreno, em parceria com a ONG local Trimoder, podendo vir a ser necessário reforçar a equipa com o apoio de outros médicos e enfermeiros.
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Os Médicos do Mundo - Portugal estão em Moçambique desde 2000, envolvidos num programa de prevenção e combate do VIH/SIDA nos distritos da Namacha e Matola.
Em curso está a implementação de um projecto de cuidados domiciliários a pessoas com VIH/SIDA em Sofala, no distrito da Beira.
O arranque deste projecto, porém, será temporariamente afectado com a canalização da equipa para a missão de emergência devido às cheias.
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