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Vestidas para arrasar

Tendências da moda desfilam no Brasil sob o fantasma da anorexia

Ecologia e moda são os temas da 22ª edição da São Paulo Fashion Week que começou esta quarta-feira no Brasil. O certame, considerado por muitos a semana de moda mais importante da América Latina, incluiu 38 desfiles, divididos em seis dias, para divulgar as principais tendências da moda para o Outono - Inverno de 2007.

Com Gisele Bündchen ausente, a manequim Raica, ex-namorada do jogador Ronaldo, tem sido a estrela do evento.

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Durante o certame está a ser distribuída às manequins uma carta de orientação, elaborada pela estilista Diane Von Furstenberg, presidente do Counsil of Designers of America, que visa alertar contra os males do cigarro e propõe a realização de workshops com todos os envolvidos na cadeia da moda (da família à agência de modelos) para que a anorexia seja facilmente identificada e combatida.

Com a morte por anorexia da manequim Ana Carolina Reston, em Novembro passado, a organização do evento resolveu atacar a questão de frente. Além de oferecer às modelos informações sobre distúrbios alimentares, estabeleceu também novos critérios de selecção para as passerelles, como a exigência de idade mínima de 16 anos para quem desfila, e a apresentação por parte das agências de certificados médicos que atestem a condição saudável dos manequins.

Anorexia: Europa empenhada, sem medidas drásticas

Já na Europa, as federações de moda europeias refutaram a ideia de adoptar medidas drásticas contra anorexia. «Não é necessariamente o mesmo ponto de vista mas estamos próximos uns dos outros. Estamos todos de acordo que isto não é um problema de regulamentação mas de informação» disse o presidente da Federação Francesa de Costura, Didier Grumbach.

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«Decidimos coordenarmo-nos e seguir pelo mesmo senso» sublinhou Grumbach, depois de uma reunião com a Câmara Nacional da Moda (Itália), Conselho de Est ilistas (Estados Unidos) e Conselho de Moda Britânica (Grã-Bretanha).

A anorexia «é um problema grave, ao qual não se pode ser insensível, e suficientemente complexo para ser levado colectivamente ao Ministério da Saúde, sublinhou a Federação Francesa de Costura, num comunicado, estimando que também «os actores deverão empenhar-se na informação».

No entanto, a Federação Britânica de Costura, organizadora da moda de Londres, disse que as modelos magras não serão impedidas de participarem nos próximos desfiles previstos para meados de Fevereiro.

Madrid foi a primeira capital europeia a focar o assunto, impedindo a participação de modelos na passagem Cibeles que não tivessem uma dada massa corporal. Mas Nova Iorque, Paris e Londres não alinharam nesse plano.

O ministro francês da Saúde, Xavier Bertrand, contudo anunciou medidas num quadro «de compromisso colectivo e voluntário portanto sobre a publicidade, a moda e a aparência do corpo».

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