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Sem dinheiro para investigar a corrupção

Departamento que investiga a criminalidade mais grave desistiu de estudo porque não tinha sete mil euros

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que investiga a criminalidade mais grave, foi obrigado a desistir de um estudo nacional sobre a corrupção por falta de uma verba de sete mil euros, noticia esta sexta-feira o «Jornal de Notícias».

De acordo com o jornal, que cita o relatório anual da Procuradoria-Geral da República (PGR), divulgado esta sexta-feira, em 2005 «agravaram-se» as privações do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que investiga a par do crime de corrupção, o crime económico e financeiro e o organizado, apesar dos alertas desde há vários anos lançados pela sua directora, Cândida Almeida, escreve a «Lusa».

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Faltaram sete mil euros para pagar o estudo

A falta de sete mil euros para pagar a uma empresa especializada em estudos de opinião ditou o fim do projecto que assentava em inquéritos por telefone, necessários para a conclusão do trabalho do DCIAP sobre a corrupção.

O projecto já se encontrava em fase de análise sociológica, refere o «JN» citando partes do relatório da PGR. Até esta fase, o estudo ainda não tinha implicado quaisquer encargos para o Estado, uma vez que foi efectuado gratuitamente por magistrados e estagiários de Sociologia, coordenados por Paquete de Oliveira.

No mesmo relatório, Cândida Almeida insiste na falta de condições do próprio edifício sede do DCIAP, sem salas suficientes para interrogatórios, consultas de processos e instalação de trabalho de peritos.

Pelas contas da procuradora-geral adjunta, diz o «JN», desde há cinco anos o montante do prejuízo para o Estado contabilizado no conjunto de processos que correram no DCIAP e terminaram com acusação deverá ascender a 359 milhões de euros, o que justificaria mais investimento por parte do Governo. Aquele organismo queixa-se igualmente da falta de funcionários.

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