Dezenas de moradores encontram-se no tribunal de Sintra para assistir à primeira audiência da acção principal interposta pela junta de freguesia de Monte Abraão contra a rede Energética Nacional (REN) para desligar a linha de muito alta tensão, noticia a Lusa.
À entrada do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, a presidente da Junta de Freguesia, Fátima Campos, disse à Lusa encontrar-se «bastante esperançada», apesar de este tribunal ter já rejeitado três providências cautelares, interpostas pela autarquia a que preside.
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Membros do movimento cívico para o enterramento da linha de muito alta tensão encontram-se no local e dizem-se revoltados e indignados com a REN.
«Nós já lhes fizemos propostas como a colocação dos postes em área livre, mas eles colocaram ainda mais perto das habitações», disse à Lusa José Martins, membro do movimento que tem também uma acção movida neste tribunal contra a REN.
Paulo Lopes, membro do movimento, disse que «o facto de o juiz encarregue do caso trabalhar em quatro comarcas está a atrasar o processo», que ainda não teve a sua primeira audiência.
Um morador no bairro da Encosta de S. Marcos disse à Lusa que em 2006 morreram ali seis pessoas com cancro. Este morador referiu que «a culpa é dos postes de muito alta tensão».
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