O TVI24.pt esteve na quinta-feira nas gravações do novo vídeo dos Deolinda (para uma reportagem a publicar em breve), mas a banda lisboeta falou também sobre as manifestações organizadas em várias cidades do país para este sábado, 2 de março.
A 13 de outubro do ano passado, os Deolinda fizeram parte do concerto de protesto da plataforma Que Se Lixe a Troika na Praça de Espanha, em Lisboa, e vão voltar a manifestar-se agora, a título individual, na manifestação que fará o percurso entre a rotunda do Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço.
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«Eu conto marcar presença na manifestação por todas as razões e mais algumas. Acho que é o momento oportuno e, sobretudo nos últimos tempos, os problemas têm vindo a agudizar-se», disse à TVI24.pt Luís José Martins.
O guitarrista dos Deolinda lamenta a situação a que muitos portugueses chegaram, em níveis que mexem já com a dignidade humana, e destacou que «é importante marcarmos todos presença».
Os Deolinda mantêm, aliás, um olhar atento sobre a sociedade portuguesa e as dificuldades que atravessa. Para além de canções que espelham atitudes e costumes tão portugueses, como «Movimento Perpétuo Associativo» ou «A Problemática Colocação de Mastro», «Parva Que Sou» tornou-se numa espécie de hino de uma geração de jovens desempregados desde que foi estreada em 2011.
Com um novo disco aí à porta («Mundo Pequenino» chega às lojas a 18 de março), o grupo disse continuar de olhos bem abertos para o que se passa no país.
«Como pessoas atentas à sociedade em geral e aos problemas que a afetam, não podemos fugir a isso - a esses problemas, essas situações e essas questões que se põem. Desde o início, a Deolinda mostrou essa atenção», explicou Pedro da Silva Martins.
«Acho que é um pouco uma característica nossa continuarmos atentos e este disco continua com essa atenção», assegurou o guitarrista e principal letrista dos Deolinda.
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