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Miguel Ângelo defende financiamento junto dos fãs

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Miguel ngelo explicou à Lusa que assumiu ele mesmo a produção do disco, por ser essa a melhor forma de controlar o processo e garantir um retorno financeiro adequado. «É que o estado da indústria já não permite que as editoras façam esse investimento», garante Miguel ngelo. «Não há recuperação na venda de discos.» «Há artistas hoje em dia que procuram o financiamento online junto dos seus fãs e é muito melhor que assim seja», afirma Miguel ngelo. «Permite aos músicos ficarem donos dos [direitos sobre a cópia original] e a realidade é que serem donos dos conteúdos é o que mais lhes pode render dividendos». Miguel ngelo acredita que é apenas «uma questão de tempo» até que o mercado digital esteja regulamentado, mas confessa: «Só tenho pena que se tenha perdido tanto tempo em campanhas inócuas anti-isto e anti-aquilo, quando há 10 anos já se alertava para o domínio dos operadores de comunicações sobre a música que as pessoas ouvem e quando o rápido desenvolvimento tecnológico já fazia adivinhar que as cópias privadas ou o próprio download e partilha de ficheiros seriam apenas uma fase passageira até à desmaterialização da música».

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O ex-vocalista dos Delfins, que regressou aos palcos para antecipar o lançamento do seu segundo álbum a solo, defende que os músicos devem apostar nos fãs para financiarem as suas produções, já que as editoras deixaram de poder fazê-lo, escreve a agência Lusa.

«Além de ter assumido o management da minha carreira em conjunto com um pequeno grupo de profissionais - porque criei um grupo de trabalho com pessoas nas áreas do vídeo, fotografia, marketing e direito -, tornei-me produtor também no sentido de investidor, buscando apoios ditos "institucionais" ou comerciais para a gravação de discos», refere o músico.

O artista opta assim por só entregar a editoras a fase do fabrico e distribuição dos discos - como, aliás, já fizera com os Delfins em 2003, quando a banda resolveu rescindir com a BMG - e argumenta que uma das opções mais viáveis é agora o recurso a plataformas online de angariação de fundos, como é o caso do Crowdfunding e, no que se refere especificamente a projetos musicais, o PledgeMusic.

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O músico lamenta, contudo, que o mercado digital ainda não tenha começado «a pagar convenientemente aos produtores, autores e intérpretes pela livre circulação dos seus bens - sendo que "livre" significa que, para as pessoas ouvirem a música de borla, têm de pagar uma assinatura de acesso à net, à velocidade que lhes permita um streaming em boas condições».

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