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«Maria João e Mário Laginha», um reencontro que só pode dar certo

«Chocolate» foi apresentado no CCB

De volta a casa e aos primeiros tempos. Maria João e Mário Laginha apresentaram «Chocolate» ao vivo em Lisboa, o disco que marca 25 anos desde o primeiro trabalho conjunto e que volta a ter um vinco profundo de jazz. Mas é além disso o disco que marca o reencontro desta dupla ímpar. O que só pode ser bom; como se sabe; e como se experimentou mais uma vez esta sexta-feira.

A lengalenga dos 25 anos, e das celebrações, e de outras descrições, é para ficar agora arrumada depois destes concertos de apresentação - que passaram antes pelo Porto e por Coimbra -, mas há coisas que não mudam. E não se espera que mudem; pelo contrário.

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«Chocolate» tocado quase na íntegra preencheu a maior parte de um espectáculo que agradavelmente se foi alongando à velocidade das circunstâncias. Mas ser surpreendido pelos improvisos de Maria João num concerto é algo que só surpreende se não acontecer. Isso não muda.

Como o regresso ao passado onde nasceu o improviso não mudou o registo reservado dos originais e standards que compõem o disco e que a dupla e Julian Argüelles (saxofone), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria) foram mantendo - criando o momento mais íntimo da noite quando apenas Beatriz ficou em palco no piano de Laginha e na voz de João.

Houve muito antes de qualquer contacto informal entre músicos e público. E a relação ganhou com isso. Houve as músicas novas, houve antigas, houve os originais e os standards, houve improviso, e algo mais disto outra vez... Depois, houve mais.

Houve o calor da Maria João que contagia quando começa a falar. Houve emoção, e humor, e confissões por valer a pena fazer a música que se ama... e mais música, e mais jazz. E até fado, mesmo que a cotovia tenha cantado naquele tom para ela incontornável. Só não houve um CCB lotado. Devia ter estado. Mas quem lá esteve não se importou.

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