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Moonspell com arranque triunfante da digressão «Sombra»

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Em vésperas de Halloween, a renovada sala principal do Cinema São Jorge recebeu as primeiras celebrações do Dia das Bruxas com o arranque da tournée «Sombra», dos Moonspell.

A banda prometia mostrar o seu «outro lado» com versões acústicas e semi-acústicas dos seus maiores êxitos e de temas repescados a discos menos presentes nos habituais alinhamentos dos concertos eléctricos.

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A festa, que já tinha arrancado durante a tarde com várias actividades até para as crianças (pinturas faciais e ateliers de escultura de abóboras), teve o sinal de partida oficial com a chegada dos Moonspell ao átrio principal do cinema lisboeta. O quinteto surgiu vestido a rigor (de negro, claro está), saído da traseira de uma carrinha funerária, quais defuntos regressados da morte.

Dentro da sala, os Opus Diabolicum não acusaram a pressão de serem a banda de abertura e conquistaram os exigentes fãs dos Moonspell com versões em violoncelo de temas como «Vampiria» e «Finisterra».

O jovem quinteto de violoncelos e percussão foi também peça integral, e muitas vezes fundamental, na mecânica dos arranjos do concerto principal da noite. Num palco tapado por uma ténue cortina, o jogo de sombras antecedeu as primeiras notas de uma actuação que, à partida, poucas semelhanças teria com um espectáculo de metal.

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Mas, embora o público tenha preferido o conforto das cadeiras durante grande parte do tempo, este foi um concerto em que os Moonspell conseguiram realmente mostrar que há metal e energia suficiente mesmo sem guitarras distorcidas.

Os arranjos, inteligentes e enriquecidos com a melodia dos violoncelos dos Opus e com a harmonia das vozes das Crystal Mountain Singers, revelaram novas dimensões a canções como «Awake» ou «Scorpion Flower» e não mancharam a intensidade de clássicos como «Opium» ou «Wolfshade (A Werewolf Masquerade)».

«Pelo menos estão confortáveis, mas é estranho ver Moonspell sentado», atirou o vocalista Fernando Ribeiro. Porém, o desafio de fazer os fãs deixarem as cadeiras não teve resposta pronta de uma plateia que se mostrou anormalmente tímida e só a espaços se foi soltando e cantando os refrões tradicionalmente berrados nos «concertos eléctricos».

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No recuperar de temas menos rodados, o álbum «Sin/Pecado» esteve em destaque. Depois de «Handmade God», «2econd Skin» e «Magdalene», chegava a vez de «uma das mais belas canções» da carreira dos Moonspell - palavras do próprio Fernando Ribeiro. «Mute» foi, de facto, um dos melhores momentos da noite e acabou dedicado ao falecido líder dos Type O Negative, Peter Steele.

A hora e meia de espectáculo teve o ponto mais alto em «Alma Mater», um verdadeiro hino que os fãs cantam desde 1995 e que finalmente levantou toda a gente dos assentos. O refrão foi celebrado a plenos pulmões como até à altura não tinha acontecido.

A beleza da versão de «Os Senhores da Guerra» (um original dos Madredeus) e o final intenso e poderoso com «Full Moon Madness» fecharam em grande uma actuação que, para além do início de uma nova digressão, marcou mais uma página que os Moonspell poderão recordar com orgulho na já ilustre carreira da mais bem sucedida banda portuguesa de metal.

Alinhamento do concerto:

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1. Handmade God

2. The Southern Deathstyle

3. Wolfshade (A Werewolf Masquerade)

4. Disappear Here

5. Opium

6. Awake

7. Can't Bee

8. 2econd Skin

9. Magdalene

10. Scorpion Flower

11. Luna

12. Mute

13. Alma Mater

14. Os Senhores da Guerra [Madredeus]

15. Full Moon Madness

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