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Mão Morta levaram o seu «Pesadelo em Peluche» até Lisboa

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Vídeo e fotos: banda bracarense apresentou o seu novo álbum no Coliseu dos Recreios e recordou também alguns dos melhores momentos de 25 anos de carreira

Em noite de concertos vários em Lisboa, o Coliseu dos Recreios recebeu o espectáculo de apresentação do novo álbum dos Mão Morta. A banda bracarense, que celebra 25 anos desde a sua primeira actuação, em 1985, trouxe novas canções e recordou algumas das melhores passagens pela já vasta discografia.

O Coliseu começou meio despido de público, mas compôs-se ao longo da noite - o culto em volta dos Mão Morta pode até não encher estádios ou pavilhões, mas na mítica sala lisboeta estiveram fãs fiéis e dedicados a uma das instituições do rock alternativo feito em Portugal.

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As boas-vindas foram dadas ao som de «Oub'Lá» e «E Se Depois», dois marcos incontornáveis do primeiro álbum lançado em 1988 e o aquecimento necessário para a primeira injecção de novidade - «Teoria da Conspiração» e «Penitentes Sofredores».

Demasiado frescos para a maioria da plateia, os novos temas sofreram também com alguns problemas técnicos de som que retiraram a potência que os envolve em disco.

No entanto, deu para perceber que, assim que devidamente rodado, o novo material terá certamente outro impacto em momentos como «Fazer de Morto», brincadeira que o vocalista Adolfo Luxúria Canibal recomendou («É sempre salutar e higiénico»), ou o enérgico «Tardes de Inverno».

Vídeo

Na «surpresa» já anunciada, o líder dos Moonspell, Fernando Ribeiro, entrou em cena para vestir a pele de um personagem que lhe assenta como uma luva. Infelizmente, o dueto em «Como Um Vampiro» também ficou a perder pelo deficiente equilíbrio no volume dos microfones.

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Para compensar, houve muito «rock 'n' rollar» no clássico «Budapeste» e o novo single, «Novelos da Paixão», mostrou que já começou a entranhar-se nos ouvidos dos fãs. «Em Directo (Para a Televisão)», «Amesterdão» e «Barcelona» continuaram a animar a plateia, mas Adolfo anunciava que a banda ainda estava «a aquecer».

Um «Cão da Morte» rosnado por entre riffs sujos e o claustrofóbico «Anarquista Duval», a fazer inveja a muita banda de metal, fecharam as contas antes da primeira saída de palco. O público entoou o cântico de «1º de Novembro», qual claque de futebol a puxar pela equipa, até ao regresso do sexteto.

Fotos

«Tiago Capitão», uma das novas canções, reminiscente do trabalho sonoro em «Maldoror», entrou lentamente até conseguir puxar as vozes da plateia para a lenga-lenga de um refrão que promete marcar presença nos futuros concertos dos Mão Morta. «Vamos em frente/Olho por olho/Dente por dente/Ó Capitão» passou da voz emblemática de Adolfo Luxúria Canibal para as bocas dos fãs, mesmo os que ainda não conheciam o tema.

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Em novo momento de comunhão entre a banda e os seus seguidores, «1º de Novembro» acabou por surgir com naturalidade para um coro treinado há já quase duas décadas. A crueza e energia de «Quero Morder-te as Mãos» antecedeu a «anestesia geral» de «Velocidade Escaldante» e «Charles Manson» fechou a noite em alta num agitar de corpos que terão ficado suficientemente satisfeitos com a dose certa de nostalgia nesta primeira apresentação do novo álbum.

Alinhamento do concerto:

1. Oub'Lá

2. E Se Depois

3. Teoria da Conspiração

4. Penitentes Sofredores

5. Tu Disseste

6. O Seio Esquerdo de R.P.

7. Fazer de Morto

8. Como Um Vampiro

9. Budapeste

10. Novelos da Paixão

11. Tardes de Inverno

12. Em Directo (Para a Televisão)

13. Amesterdão

14. Barcelona

15. Vamos Fugir

16. Cão da Morte

17. Anarquista Duval

Encore 1

18. Tiago Capitão

19. Paisagens Mentais

20. 1º de Novembro

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Encore 2

21. Quero Morder-te as Mãos

Encore 3

22. Velocidade Escaldante

23. Charles Manson

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