Já fez LIKE no TVI Notícias?

Vídeo e fotos: The Horrors e Crystal Castles em Lisboa

Banda britânica trouxe ambiente soturno ao Coliseu dos Recreios, contrastando com a actuação festiva da dupla canadiana

Desta vez, nem uma nova nuvem de cinza do vulcão islandês impediu que o Coliseu dos Recreios recebesse os britânicos The Horrors e os canadianos Crystal Castles.

O espectáculo inicialmente agendado para 17 de Abril acabou mesmo por acontecer esta terça-feira, mas a sala lisboeta esteve algo despida de público (meia casa, se arredondarmos a conta por cima). O lugar-comum «poucos, mas bons» encaixou, porém, na perfeição, dado o apoio dos fãs, especialmente os dos Crystal Castles.

PUB

A maratona musical, que marcava o 1º aniversário da Nokia Music Store em Portugal, começou com os portugueses Youthless. A banda de Sebastiano Ferranti e Alex Klimovitsky apresentou o EP «Telemachy» num palco que, já depois das 22h00, viria a ser encoberto por uma densa neblina, autêntica passadeira vermelha para os Horrors.

Invariavelmente vestidos de negro, os cinco rapazes de Southend trouxeram consigo uma atmosfera soturna alicerçada no segundo e mais recente álbum de estúdio, «Primary Colours».

Vídeo

Deixando de fora qualquer tema do disco de estreia, a banda liderada pelo gigante Faris Badwan percorreu quase integralmente aquele que é o seu registo mais negro e melancólico, deixando apenas de fora duas faixas e resgatando «Whole New Way» à edição japonesa.

PUB

Percorrendo os caminhos sonoros talhados no final do anos 1970 por bandas como os Joy Division ou os Echo & the Bunnymen, os Horrors lançaram-se com «Mirror's Image» e tiveram os seus melhores momentos em «Who Can Say», «I Only Think Of You» e «Sea Within a Sea».

Uma actuação que não terá desagradado aos fãs, mas que foi demasiado obscura para quem se deslocou ao Coliseu para «fazer a festa».

Fotos

No pólo oposto estiveram os Crystal Castles - chamar-lhes «festivos» é pouco. Alice Glass e Ethan Kath surgiram apoiados por um baterista, o que só melhora a experiência ao vivo, e desde cedo que a descarga sonora e visual começou a surtir efeito na plateia.

Num misto de pista de dança de discoteca e concerto de música punk, entre o agitar dos corpos levados pela batida e o crowd surfing desenfreado, os Crystal Castles tomaram Lisboa de assalto de forma intensa e com pouca vontade em dar descanso aos fãs.

PUB

Cruzando algumas novidades do álbum que chega às lojas este mês com o registo de estreia, a banda canadiana disparou em todas as direcções. «Celestica» e «Fainting Spells» não foram recebidas com menos entusiasmo do que as já conhecidas «Crimewave» ou «Alice Practice».

Para ajudar à festa, Alice cumpriu o seu papel na perfeição, qual animal selvagem enjaulado que escapa finalmente da cela. A saltitante vocalista dos Crystal Castles esteve irrequieta do princípio ao fim, escalou colunas de som e a bateria e surgiu várias vezes bem junto do público, berrando refrões imperceptíveis enquanto apoiada nas mãos dos fãs.

Ao trio canadiano coube o prémio da actuação mais intensa de uma noite que merecia sem dúvida um Coliseu mais composto de público.

PUB

Últimas