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Rui Reininho não quer ser o Rod Stewart português

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Vocalista dos GNR lança o seu primeiro disco a solo a 9 de Dezembro

Rui Reininho, vocalista dos GNR, edita em Dezembro o álbum «Companhia das Índias», a primeira aventura a solo, na qual arrisca tudo e assume novas personagens, todas menos a do crooner, noticia a agência Lusa.

«Companhia das Índias», que sairá a 9 de Dezembro, apresenta 13 temas, a maioria com letras de Rui Reininho e música composta por vários convidados, entre os quais Paulo Furtado, Alexandre Soares, Slimmy, Rodrigo Leão e Armando Teixeira, que produziu o álbum.

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No alinhamento entram ainda duas versões, de «Bem Bom», das Doce, e «Faz parte do meu show», do brasileiro Cazuza.

À espera do inesperado

Em entrevista à agência Lusa, Rui Reininho disse que partiu para este trabalho, o primeiro a solo aos 53 anos, com o espírito de arriscar tudo e à espera de que aconteçam «coisas inesperadas».

«Nada disto tem a ver com o passado, a não ser eu próprio. Falo de coisas que têm a ver com o passado, mas utilizo quase tudo e faço reciclagem», disse Rui Reininho.

O músico recusa a ideia de que as letras que escreveu são poesia, mas é indiscutível a marca da «lírica» de Rui Reininho, em temas como «Dr. Optimista», «Yoko Mono», «Turbina & Moça» e «Laika Virgem».

«Companhia das Índias» tem «o mínimo de autobiografia» e apresenta Rui Reininho na pele de várias personagens: é ilusionista, cartomante, mestre de espionagem, músico camuflado. Nada é o que parece, mas o cantor diz que não se escondeu atrás da voz.

«Foi uma surpresa interessante. Já me disseram "eh pá parece que estás com a voz dos primeiros discos [dos GNR], pareces o Reininho dos [anos] oitenta". Felizmente não estou escondido atrás da voz. Em certas fases da minha vida senti [que isso acontecia]», admitiu o músico, que diz ter deixado para trás a fase da «angústia interior».

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Fugir à imagem de crooner

Sem ter perdido ainda a capacidade de se rir de si próprio, Rui Reininho tentou escapar, neste projecto, à imagem de um crooner da pop portuguesa.

«Não é uma área em que me quisesse meter e me sinta à vontade». Isso é bem feito por alguns mestres da pop. O Rod Stewart não faz outra coisa, estar ali com biquinis e raparigas com salto alto... eu gosto delas baixinhas», disse entre risos.

Com «Companhia das Índias», Rui Reininho quis fazer um disco «competente» e agradece sobretudo aos músicos com quem trabalhou.

«Já viu a sorte que é eu estar a interpretar coisas de pessoas, algumas de encomenda, outras que tinham coisas na gaveta...Foram completamente solidários e desinteressados em termos dos chamados dólares», disse.

Concerto no Super Bock em Stock

Rui Reininho irá apresentar o álbum a 3 de Dezembro no Cinema São Jorge, em Lisboa, no âmbito do Super Bock em Stock, e espera ter em 2009 «um ano muito feliz» com espectáculos mais pequenos e intimistas, na companhia de um grupo de músicos que cabe num táxi.

À sua espera deverá ter um público de «gente civilizada, simpática»: «Espero que seja gente disponível. O que eu queria fazer disto é que aconteçam outra vez coisas inesperadas».

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