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Oasis maduros e eficazes no Pavilhão Atlântico

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Banda apresentou músicas novas e recordou clássicos cantados por milhares de vozes

Longe vão os tempos da «Oasismania» em plena febre Britpop, que punha frente a frente a banda dos irmãos Gallagher e os Blur de Damon Albarn e Graham Coxon. E também há uns bons dez anos que já ninguém faz declarações de amor ou termina relações ao som de «Wonderwall» ou «Don't Look Back In Anger».

E, ainda assim, ficaram os clássicos e a ideia de que os Oasis são uma das melhores bandas pop rock saídas de terras de sua majestade Isabel II nas últimas duas décadas.

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O novo álbum «Dig Out Your Soul» trouxe os Oasis de novo a Portugal e mostrou uma banda madura, eficaz e competente. Entre a vontade de recordar outros tempos e a curiosidade de descobrir pela primeira vez ao vivo a banda que outrora chegou a ser apontada como «os novos Beatles», o Pavilhão Atlântico esteve bem composto de público de diferentes gerações.

Oasis trouxeram «Gandalf»

Em palco, apoiados por um sistema de luz e vídeo a que os portugueses estão (infelizmente) pouco habituados, os Oasis foram seis: Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra e voz), Gem Archer (guitarra), Andy Bell (baixo), o novo baterista Chris Sharrock e o «Gandalf» Jay Darlington (teclas).

O equilíbrio no alinhamento foi encontrado principalmente entre os dois primeiros e os dois últimos álbuns, com predominância para um «Dig Out Your Soul» que veio refrescar a sonoridade da banda de Manchester.

«Rock 'n' Roll Star» e «Cigarettes & Alcohol» fizeram pular de alegria os fãs mais antigos, enquanto que «The Masterplan» e «Songbird» embalaram o público ao som da voz de Noel e Liam, respectivamente.

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Dedicatória para José Mourinho

Para as «senhoras» houve «Slide Away» e para os «rapazes» «Morning Glory», embora a dedicatória da noite tenha surgido mais tarde e para alguém que certamente não estava no Pavilhão Atlântico. O treinador José Mourinho foi convidado por Noel a regressar a Inglaterra, desta feita para orientar os destinos do Manchester City, equipa de eleição dos Oasis. «Adoramo-lo», lançou o mais velho dos Gallagher.

Momento de arrepiar e final com Beatles

Já na última meia hora de espectáculo, tempo para os dois êxitos incontornáveis na carreira da banda. «Wonderwall» testou a afinação de milhares de gargantas e mostrou que hoje em dia os telemóveis batem aos pontos os isqueiros em hora de baladas. Liam aplaudiu o coro que mais tarde acompanhou Noel em «Don't Look Back In Anger». O guitarrista e vocalista inglês deixou mesmo o público tomar as rédeas do refrão da canção, naquele que foi o grande momento da noite, capaz de arrepiar qualquer um.

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Depois de um «Falling Down» ainda pouco entranhado nos ouvidos dos fãs (ao contrário dos bem recebidos «The Shock Of The Lightning» e «Waiting For The Rapture»), o espectáculo de pouco mais de hora e meia terminou em alta com «Champagne Supernova» e «I Am The Walrus», original dos Beatles há muito tocado ao vivo pelos Oasis. A banda despediu-se com os fãs portugueses no coração e com menos uma pandeireta, oferecida por Liam Gallagher.

Os Oasis não desapontaram em Lisboa e conseguiram arrancar um bom concerto sem necessitarem recorrer ao formato best of. Provavelmente, uma das melhores actuações da banda em solo português.

Alinhamento:

1. Fuckin' In The Bushes

2. Rock'n'Roll Star

3. Lyla

4. The Shock Of The Lightning

5. Cigarettes & Alcohol

6. The Meaning Of Soul

7. To Be Where There's Life

8. Waiting For The Rapture

9. The Masterplan

10. Songbird

11. Slide Away

12. Morning Glory

13. Ain't Got Nothin'

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14. The Importance Of Being Idle

15. I'm Outta Time

16. Wonderwall

17. Supersonic

Encore

18. Don't Look Back In Anger

19. Falling Down

20. Champagne Supernova

21. I Am The Walrus (Beatles)

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