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Bon Jovi: onde eles forem, elas estão lá

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Raquel já viu mais de 30 concertos da banda e conseguiu uma música dedicada em pleno espetáculo

Sofia e Raquel nunca se teriam conhecido se não fossem os Bon Jovi. Já perto dos 40, as duas mulheres casadas, uma portuguesa e outra brasileira, fazem parte da legião que, literalmente, segue a banda para todos os concertos. Encontrámos as fãs no espetáculo de Lisboa, acabadinhas de chegar de Praga e prontas para ir até Madrid, claro está.

Raquel vive em São Paulo e é funcionária pública no Brasil. Pelas suas contas já lá vão 30 concertos vistos ao vivo e muitas, muitas viagens de avião. Admite que «tudo o que ganha» gasta nos concertos e deslocações, mas diz poupar em muitas outras coisas. «Ao menos não estou com depressões. Esta é a melhor terapia», diz, entre sorrisos, ao mesmo tempo que ajeita a t-shirt feita especialmente para a digressão.

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«Comecei a ver concertos dos Bon Jovi em 1993, mas só em 2008 comecei a seguir a banda fora do Brasil», diz. Raquel e as amigas, que foi conhecendo em vários concertos, juntam-se na busca de Jon. Por ele, algumas das férias não são passadas com a família numa praia. Os dias livres são passados a correr de cidade em cidade, de hotel, em hotel, sempre em busca de um vislumbre, de mais um autógrafo, de mais uma fotografia ao lado do ídolo.

Raquel já teve essa sorte. Num dos últimos concertos conseguiu encontrar o cantor no bar do hotel onde estava hospedado. A foto que conseguiu está no ecrã do telemóvel que mostra, com orgulho, enquanto conta que, no concerto dessa noite, Jon cantou-lhe a música que pediu. Antes de «These Days», o cantor ainda a presenteou com uma dedicatória: «Esta música vai para a jovem com o lindo sorriso». Raquel sorri, novamente, agora envergonhada.

Sofia também já encontrou Jon Bon Jovi. Em Nova Iorque, enquanto o cantor fazia jogging, Sofia conseguiu a sua foto. No currículo conta já com 13 concertos, mas espera ver mais cinco até ao final do ano. Depois de, a custo, confessar que não gostou do que viu, em Alvalade, em 1993, explica que só em 2010 começou a seguir a banda.

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«Porquê? É por tudo. Pela banda, pelas músicas, pelo convívio, pelas amizades. Aqui encontramos pessoas dos 18 aos 60 anos, de todas as partes do mundo. Do Japão à Austrália», diz. Os fãs que acompanham a banda ficam, na grande maioria, junto ao palco. O acesso ao Diamond Circle pode custar 300 euros e permite a entrada prioritária no recinto, assim como a maior proximidade possível à banda. Sofia e Raquel estão sempre neste círculo. Estão sempre por perto.

Sofia, portuguesa, mas atualmente a viver na Holanda, explica-nos que os concertos nunca são iguais. «Os dos EUA geralmente não são muito bons. Os lugares são marcados e algumas pessoas estão sentadas o concerto inteiro. Os da Europa são os melhores concertos do mundo», confessa entusiasmada com o chegar do cair da noite. Apressadas, voltam para o local privilegiado, onde, pelo menos, enfrentaram mais duas horas de espera.

No final do concerto da Bela Vista, Sofia e Raquel saem novamente apressadas. A greve geral desta quinta-feira ameaça não deixar partir o voo que têm marcado para Madrid. De reserva, está já um carro alugado. A partida está marcada para as 7:00. Vem aí mais um dia de longas horas de espera, em filas intermináveis, debaixo de um sol arrasador. Do dia nascerá mais uma noite de arromba. O corpo sente, mas a alma agradece.

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