«Cai o Carmo e a Trindade» marca a estreia discográfica dos Amor Electro, os novos líderes da tabela de vendas em Portugal. Depois da entrada directa para o quarto lugar, o álbum está agora na primeira posição do top, o que surpreendeu a própria banda.
«Não achávamos que íamos chegar ao primeiro lugar e o que realmente pensámos foi em fazer música e em tocar. Nós primeiro queríamos lançar o disco, que as pessoas o ouvissem e, se gostassem, para nós já seria fantástico», afirmou ao IOL Música Marisa Liz, antiga vocalista dos Donna Maria.
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O primeiro trabalho de estúdio é composto por 11 canções, entre inéditos como o single «A Máquina (Acordou)» e versões de temas bem conhecidos dos GNR, Sétima Legião ou Ornatos Violeta.
«Uma coisa que gostamos muito de fazer é pegar num tema, desconstruí-lo e reconstruí-lo à nossa maneira, com a Marisa a cantar à maneira dela e darmos o nosso cunho pessoal», explicou o multi-instrumentista e produtor do disco, Tiago Pais Dias.
«E depois chegou uma fase em que sentíamos falta da nossa criatividade pura. Daí fazermos os originais», acrescentou.
Para além do sucesso comercial junto do público, as canções dos Amor Electro também já receberam a aprovação de alguns dos autores originais das versões apresentadas em «Cai o Carmo e a Trindade», como é o caso de Pedro Oliveira dos Sétima Legião.
«Fizemos uma festa em que convidámos o Pedro para cantar a versão do "Sete Mares" e ele gostou imenso. É excelente saber que somos de certa forma aprovados pelos autores. É muito bom sinal», disse Tiago.
Celina da Piedade, Yami, Jorge Cruz e Adolfo Luxúria Canibal são alguns dos convidados de um disco que os Amor Electro vêem como o primeiro capítulo de uma longa carreira.
«Isto tem de ficar bem claro: Amor Electro não é um projecto. A nossa ideia é termos uma carreira. Isto é uma banda e queremos continuar "para sempre"», afirmou Tiago Pais Dias.
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