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HMB, os novos valores da soul cantada em português

IOL Música esteve à conversa com a banda que esta quinta-feira apresenta o seu disco de estreia com um concerto no Paradise Garage, em Lisboa

Chamam-se HMB e são um dos novos valores da soul e do R&B cantados em português. O projeto começou em 2007 e tem agora um disco de estreia inspirado em nomes incontornáveis da música norte-americana e portuguesa.

«A Erykah Badu, o D'Angelo, o pessoal do hip hop como o Common ou os The Roots, são bandas que realmente nos influenciaram e continuam a influenciar. Em Portugal, o estilo de música que fazemos começa agora a ganhar alguma atração e temos nós a agradecer por isso pelo trabalho que tem sido desenvolvido por pessoas como os Expensive Soul», contou Joel Silva em entrevista ao IOL Música.

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«A Sara Tavares, numa vertente um bocadinho mais afro, é uma pessoa que também nos marcou bastante», acrescentou o baterista dos HMB.

O nome do grupo acabou por surgir de forma natural, dando destaque principal ao vocalista através da sigla de três letras.

«Nós íamos ter um concerto num bar e não tínhamos nome. Já tínhamos a música, só que não tínhamos um nome. Então ficou HMB de Héber Marques Band. Só que não é um nome de que nos orgulhemos muito», explicou Héber, com modéstia e recusando o protagonismo no grupo.

Mas, entretanto, o nome acabou por «pegar» e a banda aproveita agora para brincar com as siglas. «O nome agora anda sujeito a várias reinterpretações: há quem diga que são Homens Musicalmente Benditos, Homens Muito Bonitos ou Há Mais Bifanas», disse o guitarrista Fred Martinho.

«HMB é uma sigla que resulta. GNR resultou, UHF resultou, e esperamos estar na tradição de longevidade dessas bandas», completou.

«Dia D» tem sido o principal cartão de visita do álbum homónimo dos HMB. Numa altura em que se vendem cada vez menos discos, a prioridade da banda é dar a conhecer a sua música seja de que forma for.

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«Hoje em dia, quem faz música faz mesmo porque gosta. Não está a pensar na área comercial. [Mas] claro que gostamos que o CD seja vendido, até porque ninguém vive do ar e já gastámos muito das nossas economias [nas gravações]», afirmou Héber Marques.

O baixista Joel Xavier disse que obviamente não se importaria nada de vender «milhões de discos», mas que o objetivo principal é chegar às «pessoas que gostam de soul e de música cantada em português».

«Nós queremos, em primeiro lugar, fazer a nossa música e ter liberdade para nos expressarmos, coisa que estamos a começar a ter cada vez mais e isso já é muito bom.»

O concerto oficial de apresentação do disco acontece esta quinta-feira no Paradise Garage, em Lisboa, e os HMB prometem uma noite de muita festa e boa disposição.

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