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«L`Art Brut», o disco que salvou a vida aos Wraygunn

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«Se não tivesse havido esse pico de energia para irmos para estúdio, possivelmente a banda não tinha aguentado os quase cinco anos de intervalo», revelou Paulo Furtado ao IOL Música

O regresso aos palcos aconteceu há um ano, durante os concertos de Legendary Tigerman nos coliseus. Agora, os Wraygunn estão de volta aos discos com «L'Art Brut», um trabalho que tem vindo a ser preparado desde 2009.

«As primeiras músicas que apareceram foram as da Raquel [Ralha] e logo aí (...) vimos que tínhamos francamente vontade de fazer coisas juntos», recordou Paulo Furtado em entrevista ao IOL Música.

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Habituado ao trabalho quase solitário no projeto The Legendary Tigerman, o vocalista e guitarrista dos Wraygunn depressa percebeu que a banda tinha de fazer ajustes no processo de composição do novo disco: «Eu vinha com um ritmo [de trabalho] incrível de fazer mil coisas ao mesmo tempo e com alguma urgência de fazer coisas».

«Essa foi a segunda fase em que tivemos de limar as arestas e começar a encaixar outra vez as peças da banda», completou.

O espaço de cinco anos entre discos poderia ter sido fatal para a banda, mas os primeiros ensaios em estúdio foram fundamentais para dar uma nova vida aos Wraygunn.

«Naquele momento, se não tivesse havido esse pico de energia para irmos para estúdio, possivelmente a banda não tinha aguentado os quase cinco anos de intervalo que houve entre um disco e outro», explicou Paulo.

O resultado final já pode ser escutado ao longo das 12 canções de «L'Art Brut», o novo disco preferido dos Wraygunn.

«Para nós, pelo menos internamente, este é o disco que nos deu mais gozo no final. Se calhar por ter sido o mais difícil de fazer. Se calhar também porque entrámos em registos onde nunca tínhamos estado antes», afirmou o líder dos Wraygunn.

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«O facto de estarmos um bocadinho afastados [durante um tempo] obrigou-nos a procurar outras coisas e trouxemos muita coisa nova para dentro da banda.»

«Don't You Wanna Dance?» é o single de apresentação e um convite à dança num álbum variado que continua a seguir a matriz do rock 'n' roll e da música negra norte-americana. Tal como no projeto a solo de Paulo Furtado, também aqui os Wraygunn correm por gosto sem olhar a modas ou tendências.

«O facto de [o disco] se chamar "L'Art Brut" não é inocente. A Arte Bruta é o último sítio onde há a inocência da arte e onde se faz a arte pela arte. (...) Aliás, eu digo numa letra que tens de fazer música senão morres. E é isso que sentimos: fomos muito egoístas no modo como fizemos o disco. Fizemo-lo para nós, para nos agradar e para ficarmos felizes com ele», disse Paulo Furtado.

«E agora esperamos obviamente que o disco chegue a muita gente e que a nossa música agrade a muita gente», rematou.

A prova dos nove começará a ser feita já este sábado na discoteca Lux, em Lisboa, no primeiro de quatro concertos de apresentação do disco em Portugal. Em abril os Wraygunn levam também a França as canções de «L'Art Brut», disco que terá lançamento internacional em setembro.

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Os próximos concertos dos Wraygunn:

17 de março - Lux Frágil, Lisboa

22 de março - Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra

23 de março - ACERT, Tondela

24 de março - Hard Club, Porto

4 de abril - Cool Soul Festival, Paris (França)

5 de abril - Cool Soul Festival, Lille (França)

6 de abril - Cool Soul Festival, Saint-Brieuc (França)

7 de abril - Cool Soul Festival, La Rochelle (França)

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