Tudo começou com uma «brincadeira à volta de um tema». Apesar de ligados «há muito» à produção, João 'Jay' Nobre e Pedro Quaresma, baixista e guitarrista dos Da Weasel, só recentemente tiveram o tempo e espaço necessários para a criação de um projecto.
«Os últimos oito anos das nossas vidas têm sido muito intensos. E no último ano, finalmente, começámos a ter algum espaço, principalmente entre edições de discos e tournées», contou Jay ao IOL Música.
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«Nós somos pessoas que não gostamos de estar em casa a olhar para o tecto sem nada para fazer e decidimos ir para estúdio brincar um bocadinho com as máquinas e com o material.»
Convidados para «músicas que eram mais canções»
De tema em tema, a dupla foi criando um disco que, a determinada altura, «pediu» alguns convidados. «Percebemos que havia uma músicas que eram mais canções do que outras. E ao serem mais canções, precisavam de uma outra roupagem. Então começámos a pensar em nomes para convidar e optámos por escolher ilustres desconhecidos», explicou o músico.
Os britânicos Backyard Bully e Kenton Thatcher, a norte-americana Malica e a portuguesa Yellow emprestaram as vozes a cinco dos dez temas do disco de estreia dos Teratron.
«Beber aos clássicos da electrónica»
No universo da música electrónica, os Teratron criaram a sua própria galáxia, influenciados por nomes como Afrika Bambaataa, The Prodigy ou The Chemical Brothers.
«Este é um disco que vai beber mais aos clássicos da electrónica do que propriamente às novas tendências (...), foi construído à volta de uma temática mais old school», afirmou Jay.
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A produção e a mistura foram assinadas pelos dois músicos, sob o nome de Red Kids, e a masterização esteve a cargo do norte-americano Tom Coyne, por quem já passaram discos dos mais variados artistas, dos The Roots a Britney Spears, passando por Martin Solveig e DJ Shadow.
«Teratron», o disco, foi lançado em Setembro e já produziu dois singles com os respectivos vídeos: «Don't Rush That» e «Go Skitzo».
«A música à frente de tudo o resto»
Na capa do álbum, bem como no restante art work, Jay e Quaresma não dão a cara e surgem como duas personagens encapuzadas saídas de um livro de banda desenhada.
«Queríamos que a música fosse à frente de tudo o resto. Tu ouves um tema, onde quer que seja, e ou gostas ou não gostas, independentemente de quem o canta ou toca. Era isso que nós queríamos que acontecesse», adiantou Jay, lançando o paralelo com projectos como os Gorillaz, Kiss ou Slipknot.
De cara tapada, os Teratron irão apresentar-se pela primeira vez ao vivo na próxima quinta-feira, 26 de Novembro, na discoteca Lux, em Lisboa.
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