[última actualização: 13h08]
A fadista e actriz Fernanda Baptista, de 89 anos, criadora de êxitos como «Fado da Carta», faleceu esta sexta-feira ao princípio da madrugada, no hospital de Cascais, onde se encontrava internada, disse à agência Lusa um familiar.
PUB
Além do «Fado da Carta» (João Nobre/Amadeu do Vale) a fadista criou vários outros êxitos e foi primeira figura de várias operetas e revistas, entre elas, «Chuva de Mulheres» e «Fonte Luminosa».
A sua estreia na revista deu-se em 1945, em «Banhos de Sol», a convite do compositor e maestro João Nobre, mas já anteriormente integrara o cartaz do Café Luso, a convite de Filipe Pinto, no início da década de 1940.
O êxito alcançado levou-a a deixar a profissão de costureira que exercia.
«Saudades de Júlia Mendes», «Fui ao Baile», «Trapeiras de Lisboa», «Pedrinha da Rua», «Fado Toureiro» ou «Fado das Sombras» foram alguns dos seus êxitos.
A sua última presença em palco foi no musical «Canção de Lisboa» de Filipe la Féria, em 2005.
A fadista foi alvo de várias homenagens, nomeadamente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, da Câmara de Lisboa e, em 2003, foi condecorada com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
Ao longo de mais de 65 anos de carreira artística, a fadista e actriz actuou em cerca de 50 revistas e operetas, gravou centenas de discos e realizou várias digressões, tendo actuado nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Angola.
PUB
Funeral no sábado em Queluz
O corpo de Fernanda Baptista estará em câmara ardente na Basílica da Estrela a partir das 16h00 desta sexta-feira.
No sábado, as exéquias fúnebres iniciam-se às 10h00, seguindo o funeral para o Cemitério de Queluz.
PUB