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Hot Chip e Vampire Weekend: e o festival dançou

Palco principal foi do indie rock à batida dos sintetizadores

Os novos temas de «One Life Stand», um homónimo, «I Feel Better» e «We Have Love» estiveram na mesma frente que «Over and Over» ou «Shake A Fist», mais antigos. Músicas que não se prolongaram muito e que no geral resultaram bem no festival mantendo o nível de animação estável.

Não se pode dizer o mesmo do som do concerto de Julian Casablancas já que a palavra para esse é «instável». A voz demasiado baixa foi ainda deu para conferir que canta em modo arrastado. «É bom isto» disse espontaneamente tal como afirmou que os portugueses compunham uma plateia musical com futuro.

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Isto claro depois de os animar com músicas suas de «Phrazes For The Young» e temas dos The Strokes como «Hard To Explain». Antes começou com o fruto da sua individualidade através de «Out Of Blues», passando por «River of Brakelights», «I Wish It Was Christmas Today», 4 Chords Of the Apocalypse» com distorção carregada e claro, pelo single «11th Dimension».

Em «River of Brakelights», a que mais digere uma vertente electrónica pura, o cantor desceu do palco e percorreu o corredor à sua frente cumprimentado a multidão de trás para a frente, lado esquerdo e direito. Um detalhe de um concerto curto, que ao acabar com um simples «adeus» do músico, deixou muitos a desejar encore. Esse que contra todas as práticas da actualidade nos concertos não aconteceu.

Os homens não estiveram sozinhos. Holly Miranda levou a sua voz afinada e capaz ao palco secundário do recinto. «Waves» serviu como aperitivo e a coisa foi-se degustando até chegar a uma versão de Yoko Ono ao tema «Nobody Seems Me Like You Do» e em pura expressão de amor.

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Trazendo de volta o tempo em que esteve com o grupo Jealous Girlfriends, revisitou as memórias no palco e cantou «Secret Identity» com um empenho na guitarra que a levou a ajoelhar-se. Minutos antes de introduzir uma nova produção intitulada «My Words».

Um dia repleto que começou em português pela mão, guitarra e piano de Tiago Bettencourt. O ex-Toranja entoou «Só Mais uma Volta» com as notas inicias a originar os versos «Hey, Take a Walk on the Wild Side» de Lou Reed. De assinalar que o músico destacou a sua admiração e inspiração tomada em António Variações quando este cantava «só estou bem a onde não estou».

Um segundo dia de festival Super Bock Super Rock em que se viram mais pessoas, exactamente 24 mil. A maioria queria Vampire Weekend. O que não deixa comprender que depois do concerto dos nova-iorquinos , Letfield tenha integrado o cartaz numa noite que variou entre o indie rock e o electro pop.

Uma outra questão prende-se com o facto de nos intervalos se continuar a ouvir músicas não devidas. Um festival que recebe Prince não devia passar Eros Ramazzotti e uma pessoa que se prepara para ver Julian Casablancas não deveria ouvir Evanescence.

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