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Teresa Salgueiro e Rodrigo Leão recordam Francisco Ribeiro

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Cristina Ribeiro, irmã do músico, disse à Lusa que Francisco Ribeiro deixa muitos inéditos

O músico Francisco Ribeiro, que morreu na terça-feira aos 45 anos, tinha uma «personalidade brilhante» e dele resta agora a música, a cantora Teresa Salgueiro, antiga vocalista dos Madredeus, à agência Lusa.

Francisco Ribeiro morreu na terça-feira, aos 45 anos, vítima de cancro, meses depois de ter editado o álbum «A junção do bem», com um novo projecto que liderava, os Desiderata.

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«Tinha a maior admiração por ele e é lamentável que tenha partido muito jovem. Deixou-nos a sua música», disse a cantora, recordando a «personalidade brilhante. Onde havia sempre festa e alegria».

Rodrigo Leão: «Era um músico extrtaordinário»

O músico Rodrigo Leão lamentou o desaparecimento do violoncelisa Francisco Ribeiro, com quem trabalhou nos Madredeus. Em declarações à Lusa, o músico sublinha a perda «de um músico extraordinário», que estava a relançar a carreira.

«Era um músico extraordinário e um grande amigo com um talento fantástico. É uma injustiça muito grande agora que estava tudo bem encaminhado, era o princípio de uma nova fase para ele», sublinhou Rodrigo Leão.

Perfil

Francisco Ribeiro passou pela Academia de Música de Santa Cecília, estudou violoncelo e integrou os Madredeus a convite de Pedro Ayres Magalhães, permanecendo no grupo até 1997.

Colaborou posteriormente no projecto Os Poetas e participou em parcerias dispersas, antes de rumar ao Reino Unido, onde se licenciou em composição, aperfeiçoou estudos em violoncelo e integrou a Stroud Symphony Orchestra e a Gloucester Symphony Orchestra.

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Na biografia «Madredeus - Um futuro maior» (1995), o autor, Jorge P. Pires, escreveu que a formação de Francisco Ribeiro foi desde muito cedo «inculcada pelos prazeres do canto lírico, da poesia (...) e da música clássica, com especial predilecção pelo período barroco».

«A família de Francisco descendia de italianos que se haviam instalado em Portugal no século XIX, gente apaixonada pelo teatro e o espectáculo que havia conservado esse gosto ao longos das sucessivas gerações», lê-se na biografia.

Regressou a Portugal em 2006 disposto a trabalhar no muito que compôs enquanto esteve em Inglaterra, editando em 2009 o álbum «A junção do bem», que relançaria a carreira.

Em Novembro de 2009, Francisco Ribeiro contou à Lusa que o nome do projecto Desiderata recuperava o título de um poema do norte-americano Max Erhmann, que fala sobre o que desejamos para atingir a felicidade.

«No meu caso o que eu mais desejo, além daqueles valores universais de amor e felicidade, é conseguir juntar um grupo de pessoas e fazer um disco. É tão simples quanto isto», disse.

Cristina Ribeiro, irmã do músico, disse à Lusa que Francisco Ribeiro deixa muitos inéditos.

O corpo de Francisco Ribeiro será cremado no Cemitário do Oliveia esta quinta-feira.

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