A estreia nos palcos lisboetas dos Virgem Suta ocorreu num Cabaret Maxime cheio. O que foi desde logo uma conjugação feliz.
A banda, que é já conhecida pela sua vertente popular nas canções, foi bonita de ser ver no palco do espaço. Em cenário, estavam caixas de cartão com elementos tradicionais portugueses e um relógio. Fictício, e ainda bem, a verdade é que ninguém parecia querer saber das horas.
PUB
Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda apresentaram-se com «nervosismo» mas adiantaram logo que era um «prazer» ali estar. A dupla, cúmplice em palco, depressa deixou-se levar. Começaram com o tema «Mula da Agonia», mas foi com as composições mais bem dispostas que tomaram conta daquela casa.
«Dança de Balcão» foi uma delas. A música ganhou uma nova dimensão em palco, mais alegre. De repente já não se estava no Maxime, mas sim numa qualquer taberna em que amigos cantavam em coro. O versos eram entoados em massa - «brinde a nós, brinde aos avós» - enquanto o vocalista percorria o palco com uma garrafa de vinho, gesticulando brindes em honra da plateia.
De facto, o vinho foi uma constante. Temas como «Ressaca» punham esta bebida obrigatoriamente em protagonismo «Quem quiser uma vinhaça...».
No meio existiram ainda enganos levados com brincadeiras, e versões de Carmen Miranda. À entrada de «Assim Sim», Jorge disse «Vou tentar não me esquecer da letra».
«É o primeiro álbum, tem que ser curtinho» brincou o vocalista em relação ao concerto. «Vovó Joaquina» veio logo a seguir, com direito a alusões a Michael Jackson no fim.
Para o fim o encore muito aguardado, levou o duo a dar vida a mais um conjunto de músicas. Entre as quais esteve a segunda apresentação do single «Tomo Conta Desta Tua Casa», que se já tinha sido efusivo na primeira vez, rematou o alinhamento da melhor maneira.
PUB