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Há um ano sem Amy Winehouse

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Cantora inglesa morreu a 23 de julho de 2011. Para trás ficaram as histórias de vícios, mas também uma das grandes vozes do século XXI

Era uma tragédia à espera de acontecer. E acabou mesmo por acontecer. Há um ano, a 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada morta, no quarto de sua casa, em Camdem, no centro de Londres. Estava deitada na cama. No chão foram deixadas as «armas do crime»: três garrafas de vodca vazias. A cantora de 27 anos tinha bebido até à morte e foi vítima de uma intoxicação de álcool.

Foi o ponto final numa série de episódios que, ao longo dos últimos anos, tinham arruinado por completo a imagem de uma das mais elogiadas vozes do século XXI. O sucesso comercial de «Back To Black», em 2006, aumentou a exposição e o escrutínio da vida de Amy, uma cantora assombrada pelo vício em drogas ilegais e álcool. Por isso é difícil lembrarmo-nos de canções carregadas de alma, como «Rehab» ou «You Know I'm No Good», sem recordarmos também as imagens decadentes que faziam capa nos tabloides britânicos.

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A morte da cantora serviu de exemplo a não seguir e hoje em dia a Amy Winehouse Foundation, criada pelo pai, Mitch, presta auxílio a jovens desfavorecidos e que enfrentam problemas com drogas. Os fãs, entre simples anónimos e estrelas do mundo do espetáculo, não tardaram em organizar um sem número de tributos - à porta da casa de Amy, desde o dia da sua morte, e nas recentes galas dos Grammy e Brit Awards.

Tal como tinha acontecido com Michael Jackson em 2009, a morte de Amy Winehouse fez disparar as vendas de discos, levando «Back To Black» a regressar às principais tabelas de vendas em todo o mundo. Menos de uma semana após a notícia do falecimento da cantora, o álbum voltou a liderar o top britânico, ajudando o volume de vendas globais a atingir os 10 milhões de cópias.

Antes do final de 2011, em dezembro, foi lançado o primeiro álbum póstumo de Winehouse, com covers, versões alternativas e alguns inéditos. «Lioness: Hidden Treasures» também liderou a lista dos discos mais vendidos no Reino Unido e, apesar do quarto lugar no top norte-americano, conseguiu vender mais de 144 mil unidades nos EUA em apenas uma semana.

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A revelação de duetos com outras estrelas da música também não se fez esperar. Tony Bennett incluiu «Body and Soul» no seu novo álbum, «Duets II», lançado em setembro. A última gravação feita em vida por Amy Winehouse venceu o Grammy para Melhor Performance Pop por um Duo ou Banda. Mais recentemente, «Cherry Wine» fez parte do décimo disco de estúdio do rapper Nas.

Mas o legado deixado por Amy Winehouse não se resumiu ao mundo da música. O estilista francês Jean-Paul Gaultier inspirou-se no visual da cantora (vestidos e penteados) para a criação de uma coleção apresentada em Paris no início deste ano. E um dos vestidos usados pela própria cantora na fotografia da capa de «Back To Black» foi leiloado por 50 mil euros, quantia que reverteu a favor da Amy Winehouse Foundation.

No passado mês de junho, o pai da cantora lançou «Amy, My Daughter», um livro em que Mitch Winehouse recorda a vida da sua filha desde a infância, passando pelos episódios menos felizes e pela luta constante em tentar salvar Amy da dependência das drogas e do álcool.

Mitch continua a acreditar que a filha estava a caminho da recuperação total e que a morte de Amy foi causada por um deslize. «Sabíamos que ela estava a caminhar em direção à abstinência, tínhamos essa esperança. Ela não bebia daquela maneira desde há muitos meses», disse Mitch Winehouse numa entrevista recente ao «Financial Times», explicando por que havia dito que «a reabilitação matou a Amy» alguns meses após a tragédia.

No primeiro aniversário sobre a morte da cantora, é esperada a romaria de fãs até à antiga casa de Amy, em Camdem, entretanto posta à venda pela sua família. As homenagens, espontâneas ou mais organizadas, serão inevitáveis. Tal como Kurt Cobain, Jimi Hendrix, Jim Morrison ou Janis Joplin, todos eles traídos pelos seus vícios, as verdadeiras estrelas da música estão condenadas a viverem para sempre nos nossos ouvidos.

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