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Ben Harper fecha Alive com chave-de-ouro

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Neil Young, Róisín Murphy e The Gossip com actuações para mais tarde recordar

Mais de 30 mil pessoas voltaram a marcar presença no terceiro e derradeiro dia do Optimus Alive!08. Ben Harper fechou com chave-de-ouro os concertos no palco principal com uma actuação que durou quase duas horas e que fez as delícias dos milhares de fãs do músico norte-americano.

Mas as primeiras ovações do dia couberam a dois outros adeptos do surf: o australiano Xavier Rudd e o californiano Donavon Frankenreiter. O final de tarde foi passado em atmosfera de paz e amor ao som de melodias como «Messages» (Rudd) e «Move By Yourself» (Frankenreiter).

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Róisín Murphy e Beth Ditto dominam Metro On Stage

Ao som dos primeiros sintetizadores, percebeu-se que a actuação da ex-líder dos Moloko iria dar tudo pelo techno inteligente e «embeiçado» por outros géneros como o funk ou a pop descaradamente electrónica. E assim foi, num espectáculo em que Roísín Murphy mostrou ser a diva das pistas de dança que é, eclética e muito «glamourosa», incapaz de parar por um segundo, crescendo à custa dos temas vibrantes dos discos «Ruby Blue» e «Overpowered».

No Optimus Alive, a cantora ganhou o campeonato de mudas de roupa (mais de uma dezena), o do jeito dengoso de se impor perante um público ávido por emoções fortes e o da empatia cénica com a sua banda - ao ponto de terminar o concerto numa literal «girl fight» com as suas duas cantoras de apoio. Uma saída em grande!

Outro dos destaques deste segundo palco foi protagonizado pelos The Gossip de Beth Ditto. Não tanto pelo atraso de 40 minutos - a vocalista da banda norte-americana viria a dizer que a viagem até Portugal durou 17 horas(!) - mas principalmente pela actuação de encher o olho que terminou com uma invasão (pacífica) do palco pelo público.

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Neil Young, o senhor rock

Entretanto, num Palco Optimus colorido por uma parafernália de amplificadores e colunas de som, o canadiano Neil Young, uma verdadeira instituição da música rock, mostrava que está aí para as curvas.

«Rockin' in the Free World» só não foi o momento mais alto da actuação porque Young e a sua banda fecharam com «A Day In The Life», dos Beatles, em registo intenso ao qual nem as cordas da guitarra «Old Black» resistiram. Final tipicamente rock n roll do «avô do grunge».

Portugal adora Ben, Ben adora Portugal

Para fechar com chave-de-ouro, o Palco Optimus recebeu um artista que voltou a fazer aquilo que sabe melhor: contagiar a imensa legião de fãs, que teve o concerto de que estava à espera. Ben Harper surgiu com a alma colada à boca, foi logo reverenciado ao fim da segunda canção e até convidou Donavon Frankenreiter para partilhar o palco e a canção «Diamons On The Inside».

O tom do serão foi mais intimista do que rockeiro, mas até as maiores delongas foram perdoadas, graças a instantes como «Excuse Me Mr.» ou «I Believe in a Better Way».

No fim, o auge, quer com o músico e os irrepreensíveis The Innocent Criminals a pedirem ao público para fazer de Vanessa da Mata em «Good Luck (Boa Sorte)», quer com o inevitável «With My Own To Hands». As mãos abriram-se no ar, com Ben Harper a agradecer a calorosa atenção. A noite acabou menos fria, já com os dias 9, 10 e 11 de Julho de 2009, as datas confirmadas para o próximo Optimus Alive, no horizonte.

Ao longo dos três dias de festival, passaram cerca de 100 mil pessoas pelo recinto montado no Passeio Marítimo de Algés. À segunda edição, o Alive não só consolidou a sua posição como um dos melhores eventos de música do país, como passou a constar no mapa dos grandes festivais de Verão da Europa, recebendo visitantes de vários pontos do Velho Continente e do resto do Mundo.

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