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Marés Vivas: público rende-se aos Kaiser Chiefs

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Primeira noite do festival recebeu ainda no palco principal Lamb e Primal Scream

Numa noite pautada por boas actuações, os Kaiser Chiefs excederam-se e presentearam a audiência com uma prestação acima da média. Perante uma plateia muito bem composta, a banda de Leeds não se acomodou ao facto de ter tocado recentemente em Portugal e fez por tornar a passagem pelo recinto, montado na margem Sul do rio Douro, num espectáculo digno de registo.

Ricky Wilson, vocalista, soube comandar a trupe durante a uma hora e meia que esteve em palco e reafirmou o estatuto de boas performances a que a banda está associada. Enquanto cantava «I Predict the Riot» chegou mesmo a mostrar algumas manobras mais acrobáticas ao trepar as laterais do palco, sem rede e sem acidentes.

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Ainda que não houvesse margem para dúvidas de que eram os Kaiser Chifs que estavam em palco, não foi por isso que Wilson deixou de fazer referência ao facto, repetindo o nome várias vezes, para assim marcar o território que já tinham conquistado.

Com o público na mão, que reagia a qualquer incentivo que partisse do palco, os Kaiser Chiefs não guardaram os trunfos para o fim e foram soltando temas como «Good Days Bad Days», «Everyday I Love You Less And Less», «Ruby», «Never Miss a Beat» ou «Oh My God».

Lamb: matar a fome de palco

O regresso aguardado dos Lamb aos palcos impunha uma passagem obrigatória por terras lusas. Cinco anos depois voltam e, apesar de a cena trip hop não viver o hype como há alguns anos, o culto da banda mantém-se e isso ficou vincado na praia do Cabedelo.

Lou Rhodes não perdeu os dotes vocais, nem se esqueceu daquele que é um dos públicos que melhor recebeu a banda ao longo da carreira. Ao longo do concerto, a vocalista foi lançando o mote para um coro que contou com a ajuda do público, como aconteceu em «Trans Fatty Acid» e na inevitável «Gabriel».

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A saída prematura para o backstage resultou no primeiro encore a pedido dos presentes. Depois de um encore, os Lamb regressaram para um segundo, já um bocado mais forçado, com Andy Barlow a perguntar se era essa a vontade do público. O público não recusou.

Primal Scream algures entre o rock e o electro

Entre as actuações dos Lamb e dos Kaiser Chiefs tocaram os, também os Primal Scream, que são repetentes no nosso país. Com um som por vezes meio embrulhado, os escoceses foram despejando parte do reportório sem grande entusiasmo.

Pouco comunicativos, vaguearam por temas ora mais rock ora mais electro. Se enquanto tocavam «Swastica Eyes» dava a sensação de que, de repente, o recinto se tinha transformado numa rave, quando se ouvia «Rocks» o som duro do rock reinava.

Numa tentativa talvez de ensurdecer todos os presentes, terminaram com uma longa dose de ruído ao estilo noise, pouco suportável para qualquer ouvido. Sobrou uma actuação fria e sem convicção, que talvez tenha apelado mais aos fãs que ainda não tinham visto a banda ao vivo.

Ainda durante a tarde, no palco situado no outro extremo do recinto, tocaram os portugueses John is Gone e os Sizo, com os últimos a merecerem especial destaque pelo rock energético e bem tocado que mostraram.

O festival prolonga-se pelos próximos dois dias. Amanhã tocam os Cazino, Fonzie, Seconhand Serenade, Guano Apes e Scorpions.

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