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Arctic Monkeys para 30 mil pessoas no Meco

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Festival Super Bock Super Rock arrancou esta quinta-feira com boa música, grandes concertos, mas também com trânsito e muita poeira

A primeira noite do 17º Super Bock Super Rock acabou em grande no palco principal do festival com um dos melhores concertos dos Arctic Monkeys em Portugal.

Trinta mil pessoas estiveram esta quinta-feira na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, esgotando a lotação do recinto. A organização do festival anunciou que já não há bilhetes para qualquer um dos dias do evento, esperando um total de 90 mil visitas até sábado.

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Em modo «festival», um formato até agora desconhecido para os fãs portugueses depois de quatro concertos em salas fechadas, os Arctic Monkeys provaram que se dão muito bem perante grandes multidões. Até o vocalista Alex Turner, habitualmente parco em conversas, tomou o papel de domador de plateias, puxando pelo público em momentos chave.

No regresso aos primeiros anos, com «Brianstorm», «Teddy Picker» e «I Bet You Look Good On The Dancefloor», vimos uns miúdos que sabem esculpir canções rock que levam à dança. Na incursão por «Humbug» (2010), com «Pretty Visitors» e «Crying Lightning», felicitámos o amadurecimento e os devaneios inspirados por Josh Homme (Queens of the Stone Age).

Com o novo álbum, «Suck It And See», os Arctic Monkeys conseguem marcar pontos com um «Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair» de riff gingão, um «She's Thunderstorms» de acordes bem abertos e um «Brick by Brick» em corrida vertiginosa entre as vozes do baterista Matt Helders e a de Alex Turner.

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«The View From The Afternoon», «When The Sun Goes Down» e «Fluorescent Adolescent» levantaram muita poeira e juntaram milhares de vozes em versos e refrões decorados à letra. A euforia da plateia até levou a que alguém acendesse uma tocha vermelha no meio da multidão - brincadeira que os seguranças não gostaram nada, expulsando do recinto o «incendiário».

Cartaz forte, muito trânsito e muita poeira

O regresso do SBSR ao Meco voltou a contar com as inevitáveis adversidades que marcam negativamente um festival com um cartaz musical forte. A fraca acessibilidade ao recinto originou, mais uma vez, longas filas de trânsito, e o excesso de poeira aplica uma indesejável camada de sujidade a qualquer festivaleiro em poucos minutos.

Entre o Palco Super Bock e o Palco EDP, as viagens pelo terreno arenoso compensaram na hora de assistir às actuações dos australianos Tame Impala (rock com psicadelia em doses generosas), dos portugueses Sean Riley & The Slowriders (abriram o palco principal e mereciam melhor sorte com o sistema eléctrico) e dos norte-americanos The Walkmen (nunca é de mais assistir ao frenético Matt Barrick a brilhar na bateria em «The Rat»).

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Bem recebidos foram também os Beirut de Zach Condon. Depois de encher de público a tenda do palco secundário do festival Sudoeste em 2010, a banda norte-americana teve grande parte dos 30 mil festivaleiros de olhos e ouvidos postos no seu folk misturado com sonoridades dos balcãs.

Esta sexta-feira, o recinto voltará a ficar lotado para as actuações dos Arcade Fire, Portishead, Rodrigo Leão e The Legendary Tigerman, entre outros.

Horários dos concertos:

Palco Super Bock

- Arcade Fire (00h45)

- Portishead (22h50)

- The Gift (21h20)

- Rodrigo Leão (20h00)

- Noiserv (19h00)

Palco EDP

- Chromeo (02h00)

- The Legendary Tigerman (22h10)

- B Fachada (20h50)

- LA (19h45)

@Meco

- Sven Vath (03h30 - 06h00)

- Rui Vargas + André Cascais (02h00 - 03h30)

- Makam (01h00 - 02h00)

- Dorian Paic (23h00 - 01h00)

- Johnwaynes (22h00 - 23h00)

- Ka§par (21h00 - 22h00)

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