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Shakespeare versão Pop

A Royal Shakespeare Company pediu a artistas «pop» para darem música aos sonetos do poeta inglês

A Royal Shakespeare Company, a companhia teatral a que cabe «manter viva» a obra de William Shakespeare, encarregou artistas «pop» de porem nova música nos famosos sonetos do poeta inglês, noticia The independent.

Segundo o jornal, Antony Regarty, do grupo californiano Antony and the Johnsons, Liz Fraser, dos Cocteau Twins, e Natalie Merchant, dos 10.000 Maniacs, são alguns dos músicos escolhidos.

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Hegarty escolheu cinco sonetos, que serão ouvidos sobre um fundo coral «gospel». Entre eles, o soneto número 23, que fala de «um actor imperfeito no cenário» e o soneto número 71, em que se pede: «Não ponhas luto quando eu morrer».

Natalie Merchant escolheu, por seu lado, o soneto 73, no qual o poeta reflecte sobre a sua própria mortalidade e os danos causados pela passagem do tempo.

À leitura - por um actor da Royal Shakespeare Company - do soneto escolhido por cada um dos artistas, seguir-se-á a correspondente «resposta» musical.

Deborah Shaw, directora do festival «Complete Works», em cujo âmbito se representa actualmente toda a obra dramática de Shakespeare, esclareceu que os artistas têm toda a liberdade para fazerem com os sonetos o que entenderem necessário, incluindo mesmo alterá-los.

A interpretação das obras não estará a cargo dos músicos que as compuserem mas da soprano Anna-Maria Friedmann e do tenor John Potter, acompanhados por uma orquestra de câmara.

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As composições poderão ser ouvidas, na totalidade, nos dias 24 e 25 de Fevereiro, numa produção intitulada «Nothing Like the Sun» (Nada como o sol), que se estreará em Stratford-upon-Avon, cidade natal de Shakespeare e partirá em digressão por diversas cidades do país.

A ideia desta produção é do compositor Gavin Bryars, que trabalhou como músico de jazz antes de colaborar com John Cage e outros compositores de vanguarda nos Estados Unidos.

Por outro lado, a Royal Shakespeare Company anunciou que encomendará novas obras de teatro a autores como Adriano Shaplin, Roy Williams, Leo Butler e Marina Carr.

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