Um ano depois da sua passagem pelo Coliseu de Lisboa, Macy Gray regressou a Portugal para um concerto a meio gás na Aula Magna. Em boa forma, a cantora norte-americana, de voz rouca e estilo inconfundível, veio apresentar o seu mais recente álbum, «The Sellout», editado este ano.
Depois de uma curta primeira parte assegurada por Honey Larochelle, a «Senhora do R&B» entrou em cena, exibindo um um longo vestido preto e um cachecol de penas, para interpretar «Ghetto Love», do álbum «Big», de 2007.
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Acompanhada em palco por uma banda que prometia não desiludir e uma enérgica e voluptuosa corista, Macy Gray perdia, frequentemente, o protagonismo, mas parecia não se importar, dando espaço a todos para brilharem.
Sem pausas, surgiu «Kissed It», que integra o último disco da cantora e que serviu de pretexto para pedir ao público que se fizesse ouvir. E porque os temas mais antigos de Macy Gray ainda hoje fazem as delícias dos fãs, foi resgatado para esta noite «Caligula», do seu álbum de estreia, «On How Life Is», editado em 1999.
No entanto, só depois de a cantora ter ensinado a plateia a bater palmas e ter perguntado o nome a todos os presentes é que o público da sala lisboeta se começou a soltar, deixando o conforto dos assentos para poder dançar e responder aos apelos da anfitriã da noite.
Desfeitas também algumas dúvidas entre «Lisbon» ou «Lisboa», houve ainda tempo para presentear a plateia com «Stalker», «Glad You`re Here», e versões bem conseguidas de «Creep», dos Radiohead, e «Nothing Else Matters», dos Metallica.
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Fotos:
Já de vestido justo dourado, Macy Gray apresentou «On & On» para, de seguida, despertar até os mais apáticos com «Why Didn`t You Call Me?». E à medida que o espectáculo avançava, o entusiasmo do público crescia e muitos foram aqueles que decidiram aproximar-se do palco para ver mais de perto a artista.
Seguiu-se um medley, incluindo o tema «Still» e o muito acarinhado «Sweet Baby», que os fãs mostraram saber na ponta da língua.
«That Man» e «Sexual Revolution» também fizeram parte do alinhamento. No entanto, foi «Oblivion» que deu origem a um dos momentos mais festivos da noite, tendo até direito a cartazes com a letra da música, pelo que não havia desculpa para não cantar.
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Entretanto, desfilando um vestido preto brilhante, Macy Gray entregou-se a mais uma canção de amor, «I Try», um dos temas que a deu a conhecer ao mundo e que é, ainda hoje, um dos mais aguardados nos concertos.
Depois de embalar o público, e já na recta final, houve ainda tempo para um solo de guitarra com o tema «We Are The Champions», dos Queen, e para o mais recente single, «Beauty In The World», com direito a aplausos de pé.
Alinhamento:
1. Jazz Intro
2. Ghetto Love
3. Kissed It
4. Caligula
5. Stalker
6. Glad You`re Here
7. Creep
8. Nothing Else Matters
9. On & On
10. Why Didn`t You Call Me?
11. Do Something
12. Still/Sweet Baby
13. That Man
14. Lately
15. Sexual Revolution
16. Oblivion
17. I Try
18. We Are The Champions
19. Beauty In The World
20. Demons
21. Que Sera
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