Já fez LIKE no TVI Notícias?

Entrevista: Moonspell e as duas faces da mesma moeda

Relacionados

A mais conhecida banda portuguesa de metal falou sobre o lançamento do álbum duplo, «Alpha Noir» e «Omega White»

São já 20 anos de carreira, duas mãos cheias de discos e um sem número de concertos por todo o mundo. E a partir de agora, os Moonspell podem celebrar mais uma conquista com o lançamento do seu primeiro álbum duplo. «Alpha Noir» e «Omega White» são as duas faces da mesma moeda da mais conhecida banda portuguesa de metal.

«Temos este impulso dualista por natureza: a nossa música é solar e lunar, atmosférica mas potente. A única coisa que ainda não tínhamos feito era fazer com que as coisas crescessem dentro do seu próprio universo», explicou Fernando Ribeiro em entrevista ao IOL Música.

PUB

«O conceito aplicou-se aqui muito bem pela natureza lírica e musical dos próprios discos, que são tão distintos como o Alfa e o Ómega (a primeira e última letras do alfabeto grego) podem ser», contou o vocalista dos Moonspell.

«Entre os Gift e os Moonspell, venha o Fausto e escolha»

A composição do nono álbum de estúdio começou há quatro anos, mas a banda soube manter o rumo certo, mesmo que pelo meio Fernando Ribeiro tenha participado no projeto Amália Hoje e os Moonspell tenham percorrido o país com uma digressão acústica.

«Isso teve a sua complicação, mas nós também nunca fomos um grupo de pessoas que se amedrontasse com um certo número de tarefas. Acho que isso sempre nos distinguiu, o facto de que quando temos desafios nós aceitamo-los e tentamos tirar o melhor deles», afirmou Pedro Paixão, guitarrista, teclista e co-produtor dos dois novos discos com o dinamarquês Tue Madsen.

PUB

Depois de vários anos a gravar no estrangeiro, desta vez os Moonspell decidiram trabalhar em casa durante grande parte do processo de criação do disco.

«O fator stress estava muito menor e estávamos mais relaxados porque tínhamos realmente mais tempo para fazermos as coisas. E isso foi uma experiência que já não tínhamos desde o [EP] "Under The Moonspell", de 1993», recordou o baterista Mike Gaspar, enaltecendo a importância de «poder voltar a casa e poder usar esse conforto» de gravar um disco de forma menos apressada.

Na hora de criar as canções, o objetivo foi produzir temas infalíveis, como revelou o guitarrista Ricardo Amorim: «Tínhamos de ter a certeza que todas as músicas que lá estavam [no disco] seriam, como diz o Fernando, à prova de bala. Portanto, nada que a gente ouvisse depois e achasse que podia ter ficado melhor».

Fernando Ribeiro destacou o trabalho de voz em estúdio com Pedro Paixão. «Estivemos aqui longas noites, ele é um produtor feroz. Muitas coisas que eu fazia já seriam boas para outros produtores, mas para o Pedro não», contou, recordando o desafio no single de apresentação em transformar «Lickanthrope» numa canção «raivosa» e com uma voz «a morder».

PUB

Moonspell voltam a dar concerto em alto mar

Mas para um elemento em especial, o novo disco trouxe um desafio diferente: depois de nove anos como baixista nas digressões, Aires participou nas gravações de um álbum dos Moonspell.

«Quando recebi esse voto de confiança, tentei corresponder da melhor maneira possível - não ser apenas mais um baixo que foi gravado. São já nove anos com os Moonspell, mas fiquei a conhecer ainda melhor os músicos com quem toco há este tempo todo», disse Aires Pereira.

O resultado final de «Alpha Noir» e «Omega White» já está nas lojas e poderá ser escutado ao vivo no concerto deste sábado no Campo Pequeno. O espetáculo arranca às 21h00 e estará dividido em duas partes distintas com a interpretação integral dos dois novos discos juntamente com temas inevitáveis em qualquer alinhamento dos Moonspell.

Na sua maior produção de palco, o quinteto estará acompanhado do coro Crystal Mountain Singers e do grupo de cordas e percussão Opus Diabolicum.

PUB

Relacionados

Últimas