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João Pedro Pais despediu-se do Coliseu de Lisboa com «um volto já»

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Jorge Palma, Massimo Cavalli e Zé Pedro foram os convidados especiais

João Pedro Pais subiu pela primeira vez em nome próprio ao palco do Coliseu dos Recreios numa perfeita consagração dos seus 12 anos de carreira, aos quais se juntam mais de 200 mil discos vendidos e cerca de 500 concertos. Depois da actuação na Cidade Invicta, no passado dia 6 de Novembro, o músico teve em Lisboa um dos momentos mais marcantes do seu percurso profissional e, mais uma vez, mostrou ser a cara da humildade e do respeito por aqueles que sempre o inspiraram.

Ainda João Pedro Pais não tinha subido ao palco e já o coliseu em peso chamava por ele com aplausos compassados. «Ciúme Da Lua», que faz parte do primeiro álbum do cantor, «Segredos», lançado em 1997, foi o tema escolhido para dar início a uma noite que prometia revisitar toda a sua carreira.

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As palmas, essas, continuavam. E ao segundo tema, «O Dia Mais Longo», a banda que o acompanha na estrada juntou-se ao músico para recordarem «Não Há» ou «Até Nunca Mais», tema que foi tocado com uma roupagem mais irreverente do que o habitual, não tão ingénua e com uma malícia típica de quem não gosta de cantar o «amor lamechas».

«Obrigado, Lisboa», gritou João Pedro Pais, a quem se juntou posteriormente a Orquestra Sinfonietta de Lisboa, brindando o público com «Mentira», «Lembra-te De Mim» ou «Ninguém É De Ninguém», provavelmente «a música mais ingénua e inocente» que o cantor escreveu, até porque segundo o próprio, agora já tem «mais maldade».

«Aquilo que nós aqui fizemos foi com toda a verdade para vocês», disse João Pedro Pais perante um público ao rubro, que batia palmas de pé e que cantava ao som das suas músicas, como prova de que acompanha a sua carreira.

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Ao 14º tema, o músico apresentou o primeiro convidado da noite, alguém que descreveu como um homem «irreverente» e «um grande coração», alguém que é para ele mais do que um amigo, «um irmão mais velho». Ao piano, Jorge Palma protagonizou um momento mais intimista, tocando «Meu Caro, Jorge», tema que João Pedro Pais lhe dedicou no seu último álbum, «A Palma E A Mão», lançado em 2008.

«Gosto muito de ti», acrescentou, evidenciando novamente o respeito e admiração que tem por um dos músicos que mais influência teve na construção da sua visão artística. E porque o alinhamento foi cuidadosamente planeado, ainda houve tempo para cantar uma música de Jorge Palma: «Onde Estás Tu, Mamã? (Canção de Lisboa)» e para cantarolar o refrão de «Encosta-te A Mim».

Seguiu-se o segundo convidado da noite: o contrabaixista italiano Massimo Cavalli, por quem João Pedro Pais demonstrou também ter toda a amizade do mundo e com que partilhou o palco durante os temas «Cal» e «Vens Ou Ficas».

«Isto são momentos atrás de momentos, emoções atrás de emoções, cumplicidades atrás de cumplicidades», dizia o cantor antes de chamar ao palco o terceiro convidado para um momento mais rock. Zé Pedro acompanhou-o à guitarra com «Nada De Nada» e «Palco de Feras», tema que João Pedro Pais escreveu em homenagem aos Xutos & Pontapés e que também faz parte do seu último registo.

Mais seguro e confiante, o cantor percorreu o coliseu passando entre o público, que o saudava de pé, deixando no ar a certeza de que este foi o momento certo para assumir uma grande produção.

Depois de cantar «A Palma E A Mão», com toda a plateia de braços no ar, o músico despediu-se. Mas o público pedia mais e João Pedro Pais voltou e saltou com o coliseu em peso, que o deixava sem jeito de cada vez que alguém se atrevia a lançar-lhe um elogio. O músico acabou por se despedir com um «até sempre», fechando o concerto com «Louco Por Ti» e «Um Volto Já», o single de apresentação do seu último álbum.

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