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SBSR Porto: chuva afastou festivaleiros

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ZZ Top mostraram estar ainda em grande forma

Chuva, chuva e mais chuva. No regresso do Super Bock Super Rock ao Porto, o mau-tempo ameaçou ser o actor principal, relegando a música para segundo plano. A organização do festival esperava que o recinto montado no Parque da Cidade estivesse bem composto, mas a chuva teimava em afastar os festivaleiros.

Às 20h30, altura em que os australianos Crowded House apresentavam temas do último álbum «Time On Earth», a massa de público em frente ao palco era desanimadora. Temia-se o pior e o flop deste primeiro dia de SBSR Porto parecia inevitável.

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Ainda assim, David Fonseca e a sua tropa subiram ao palco prontos para aquecer a plateia portuense. Em três quartos de hora bem molhados (nem o próprio David escapou à chuva), o cantor apresentou alguns dos melhores momentos do último álbum «Dreams in Colour», como «4th Chance», «Rocket Man» e «Superstars». David Fonseca confessou mesmo que esta última canção é uma das suas preferidas. Porquê? «Pela primeira vez ouvi o meu carteiro a cantar uma música minha», contou, antes de fazer soar a famosa assobiadela.

Do alinhamento fizeram ainda parte parte temas dos dois primeiros registos a solo do músico português, incluindo, já na ponta final, «The 80's», lançado por uma versão do grande hit dos Buggles, «Video Killed The Radio Star», com David de óculos escuros e cantando ao telefone. Apesar da chuva, este foi o primeiro concerto da noite que conseguiu animar verdadeiramente uma plateia formada por muita gente que foi mais pela curiosidade em torno do regresso do festival à Invicta do que pelos nomes no cartaz.

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Curiosamente, David Fonseca e a banda de abertura deste primeiro acto do festival, os sintrenses The Profilers, foram os únicos artistas que há vinte anos ainda não andavam nestas lides. Os senhores que se seguiram, os três ex-Bauhaus Daniel Ash (voz e guitarra), David Jay (baixo e voz) e Kevin Haskins (bateria), formaram-se em 1985, após a separação com Peter Murphy. A actuação dos Love and Rockets no Super Bock Super Rock sofreu alguns percalços iniciais, mas, ultrapassados os problemas técnicos, o rock com sotaque britânico foi conquistando adeptos pelo recinto e, à medida que mais pessoas iam entrando, a frente do palco foi ficando mais bem composta de público.

Quem decididamente ficou fora foram os 1500 motards que se esperavam para assistir ao grande concerto da noite, a estreia dos texanos ZZ Top em Portugal. O mau-tempo afastou os amantes das duas rodas do festival portuense, que apenas recebeu cerca de duas dezenas de motos.

De qualquer forma, os ZZ Top foram mesmo os grandes vencedores da noite. A dupla barbuda mais famosa do mundo da música, Billy Gibbons (voz e guitarra) e Dusty Hill (baixo e voz), fez-se acompanhar do inseparável baterista Frank Beard. Os três juntos somam 176 anos de idade, mas apresentaram-se em grande forma. O blues rock do sul dos EUA contagiou todos, novos e velhos, e mesmo os mais distraídos à carreira dos ZZ Top reencontraram alguns riffs clássicos que já passaram pelos ouvidos de meio mundo.

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Temas como «Cheap Sunglasses», «I'm Bad, Nationwide» e «Gimme All Your Lovin'» celebraram mais de 35 anos de discos de uma banda que não parece querer parar por aqui. Divertidos e bastante comunicativos, Billy e Dusty não quiseram deixar de fora o hit «Hot Legs», não faltando mesmo as guitarras brancas «peludas», outra das imagens de marca dos ZZ Top.

O primeiro dia de Super Bock Super Rock 2008 terminou em festa com os Xutos & Pontapés, com honras de suceder em palco ao trio texano. A banda portuguesa conseguiu pôr os «sobreviventes» ainda no recinto a cantar clássicos como «À Minha Maneira», «Não Sou O Único» e o inevitável «Casinha». Uma mostra de profissionalismo, mesmo quando não se actua perante um mar de gente.

Este sábado é a vez do Super Bock Super Rock Porto receber a visita de Jamiroquai, Paolo Nutini e Morcheeba, entre outros.

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