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Há mar e mar, há ir e não voltar...

Pescador de 31 anos morreu hoje em Vila Praia de Âncora

O ditado popular que afirma que «há mar e mar, há ir e voltar», é volta e meia «violado» pelos pescadores minhotos, que acabam por morrer na faina, como hoje aconteceu em Vila Praia de ncora, Caminha. Desta vez, o acidente, que vitimou um pescador de 31 anos, não se ficou a dever à falta de condições de segurança do portinho da Vila Praia de ncora, mas voltou a chamar, tragicamente, para a ordem do dia a «insustentável» situação de assoreamento que ali se regista. «O que hoje aconteceu é que o dono da embarcação arriscou demasiado, numa zona de forte rebentação. Mas nós também arriscamos a vida todos os dias, quando decidimos sair para o mar, porque o portinho não oferece quaisquer condições de segurança», disse, à Lusa, Jorge Brandão, da Associação de Pescadores de Vila Praia de ncora. Os pescadores de Vila Praia de ncora dizem que são «operações de cosmética» que «não resolvem coisa nenhuma» e prevêem que dentro de pouco tempo seja necessário voltar a desassorear o canal, porque os ventos de sudoeste e as correntes para Norte se hão-de encarregar de repor no canal as areias retiradas. O governador civil de Viana do Castelo garantiu, há dias, que a solução definitiva para o problema do portinho de Vila Praia de ncora está a ser estudada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), mas os pescadores locais desconfiam que esta é «uma cruz que terão que carregar por toda a vida».

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Para Estêvão Silva, da mesma associação, a situação de insegurança manter-se-á enquanto não for corrigida «a grande asneira» que foi a obra do portinho local, inaugurado em Novembro de 2004 após um investimento de perto de três milhões de euros.

«Foi uma emenda pior do que o soneto. O molhe sul tem que ser prolongado e o outro tem que ser virado mais para norte. Sem isso, nada feito», referiu.

Nas actuais condições, a barra está constantemente assoreada, o que levou o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) a efectuar uma dragagem de emergência, no Verão de 2006, e a ter já outra programada para avançar de imediato.

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