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Segurança já contou tudo à PJ

Bela Cruz: videovigilância da discoteca tem imagens dos suspeitos. Luís Martins foi atingido por sete balas no cerebelo, tórax, braço e nádega. Inspectores da PJ estiveram no Hospital a ouví-lo. «Já está consciente e lembra-se de tudo», diz o pai. Câmaras podem revelar atirador

(ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO ÀS 21:00)

A Polícia Judiciária esteve esta tarde no Hospital de Santo António a recolher o depoimento do segurança Luís Martins, atingido por sete balas, na madrugada de domingo, em frente à discoteca «Bela Cruz», no Porto.

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De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a vítima terá confirmado que foi agredida por um cliente da casa, tendo posteriormente sido alvejada por outro homem.

Os inspectores também já estão na posse das imagens de videovigilância do «Bela Cruz», onde são perfeitamente visíveis os três clientes envolvidos nos desacatos, incluindo aquele que terá disparado sobre a vítima.

Câmaras podem revelar atirador

Ouvido pelo PortugalDiário, o gerente da empresa que explora o «Bela Cruz», Paulo Leonardo, confirmou que o bar «tem imagens das pessoas em questão», designadamente «a hora de entrada e saída e os movimentos durante a noite».

Várias testemunhas presenciaram a zaragata que, na versão do gerente Paulo Leonordo, aconteceu já no exterior da casa e envolveu três clientes.

«O Luís e o porteiro tentavam acalmar a situação, quando um dos clientes foi ao carro, a dez metros da porta, e regressou com uma arma». Os tiros só atingiram Luís Martins e «ninguém tem explicação para isso», admite o gerente do «Bela Cruz», que rejeita liminarmente a ideia de um ajuste de contas entre gangues ligados à segurança na noite do Porto.

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Paulo Leonardo acrescenta que a casa tem orgulho em contratar seguranças credenciados. «Não temos aqui macaquinhos de cabelo rapado. A nossa segurança é feita por uma empresa do ramo».

«Já está consciente e lembra-se de tudo

«O meu filho já está consciente e lembra-se de tudo», adiantou ao PortugalDiário o pai, que pediu para não ser identificado. A vítima está «pronta a contar a sua versão à PJ», referiu ainda o progenitor.

Segundo a mesma fonte, Luís garantiu que o incidente nada teve a ver com as rivalidades entre grupos de seguranças.

«Juro pela felicidade do meu filho que aquilo que lhe vou contar a seguir é verdade», avisou o progenitor, antes de relatar a «versão rocambolesca» que o filho lhe transmitiu esta manhã.

«Ele veio cá fora (da discoteca) com as mãos nos bolsos e um sujeito virou-se a ele e deu-lhe um soco. Por que é que me estás a bater?», terá perguntado o segurança, ao que o agressor terá respondido com mais agressões. «Nessa altura, o meu filho mandou-lhe um soco», sendo que «os tiros partiram de um terceiro indivíduo».

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Segundo o pai, a vítima foi conduzida ao Hospital de Santo António consciente.

Luís Martins que se encontra na Unidade de Cuidados Intensivos esteve sempre consciente e, na versão do progenitor, este era o segundo fim-de-semana em que fazia segurança no «Bela Cruz».

Encontra-se credenciado numa empresa de segurança e já tinha trabalhado neste espaço, há um ano atrás, tendo exercido as mesmas funções noutras discotecas, bares e até em estádios de futebol.

«Um rapaz ponderado»

A vítima, de 34 anos, trabalha numa empresa ligada à edição de livros e aos fins-de-semana dedica-se à actividade de segurança.

«Sou naturalmente suspeito porque estou a falar-lhe do meu filho. Mas só posso dizer que é um rapaz ponderado, um bom filho», sublinhou o pai, fazendo questão de afastar as ligações deste crime, à violência associado ao submundo da noite portuense.

Sete balas

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário Luís Martins foi atingido por sete balas, concretamente na nuca (cerebelo), no tórax, na nádega esquerda e ainda num braço esquerdo, tendo sido esta a única bala que entrou e saiu.

A cirurgia serviu apenas para extrair os projécteis alojados no cerebelo. As balas alojadas no tórax não atingiram os pulmões, facto a que não terá sido alheia a compleição física da vítima (musculado).

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