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Pobres não param de aumentar

São dois milhões em Portugal. O que significa que um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E há os «novos pobres», pessoas com emprego, mas cujo salário não chega para as necessidades. Tudo isto coloca Portugal na lista negra dos países com mais pobreza e o país da UE onde a desigualdade entre ricos e pobres é maior. Classe média tende a desaparecer

A presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, garante que há hoje mais pessoas a pedir ajuda alimentar do que em anos anteriores. Os números do INE, relativos a 2005, mostram que há dois milhões de pobres em Portugal. Ou seja, um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês. E os mais afectados são os idosos e famílias com mais filhos.

As estatísticas do INE referem ainda que sem as pensões de reforma e as transferências sociais do Estado, mais de quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza.

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Tudo isto coloca Portugal na lista negra dos países com uma taxa de pobreza superior à média europeia de 16 por cento e o país da UE onde o fosso entre ricos e pobres é maior. A classe média tende a desaparecer.

Em declarações à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Alimentação, que hoje se assinala, Isabel Jonet disse que esse número tem engrossado por aqueles a quem chama «novos pobres», pessoas que têm emprego e recebem salário, mas cujo rendimento não dá para satisfazer as necessidades da família.

Embora os bancos alimentares não prestem ajuda directamente, mas através de instituições, a presidente da organização tem os números referentes ao ano passado: 216 mil pessoas beneficiaram da ajuda alimentar através de 1.200 organizações de solidariedade social.

E o número de instituições a solicitar mais apoio dos bancos alimentares também não tem parado de subir, assegura Isabel Jonet. Ao todo, foram entregues a essas instituições 18.400 toneladas de alimentos em 2006, o que corresponde a 78 toneladas/dia.

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