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Nuno Melo diz que viveu "24 horas de realidade paralela" por causa das Forças Armadas

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Ministro da Defesa diz que falou "em contexto de pergunta retórica de um aluno numa universidade sobre aquilo que as Forças Armadas também podem fazer em relação a alunos e jovens em contexto desfavorecido"

O ministro da Defesa Nuno Melo classificou esta quinta-feira de "falsidades" as notícias que davam conta de que queria recrutar pessoas em cumprimento de pena para as Forças Armadas.

Em declarações na Ovibeja, o também líder do CDS-PP criticou os comentários feitos "a algo que não disse" e disse que, se ocorreu um equívoco, este é da responsabilidade da imprensa.

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"Vivi 24 horas de realidade paralela com uma falsidade feita notícia e com comentários durante 24 horas sobre essa notícia. Uma ministra [da Administração Interna] confrontada com o que eu nunca propus. O Presidente confrontado com aquilo que eu nunca anunciei", começou por dizer o governante.

"Nunca, em nenhum momento, eu propus o recrutamento de pessoas em cumprimento de pena, de delinquentes, do que seja, que justifique os títulos muito exóticos que durante 24 horas eu fui vendo. Eu vi coisas tipo 'ministro da Defesa defende armas nas mãos de delinquentes' e 'ministro da Defesa quer transformar penas em tropa', acrescentou.

Nuno Melo disse e reiterou que o que disse foi "contexto de pergunta retórica de um aluno numa universidade sobre aquilo que as Forças Armadas também podem fazer em relação a alunos e jovens em contexto desfavorecido".

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"Nunca propus sequer qualquer coisa parecida. Aliás, eu não propus nada, não apresentei uma proposta, um estudo, uma intenção. O que eu disse não está sequer próximo do que foi noticiado", disse o ministro.

O titular da pasta da Defesa manifestou-se também satisfeito por ter pedidos de esclarecimento sobre esta matéria na Assembleia da República, onde dará "com muito gosto" explicações sobre este tema.

Num jantar-conferência da 13.ª edição da Universidade Europa, uma iniciativa de formação política do PSD, Nuno Melo defendeu que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior parte dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”.

"Quantos destes jovens é que, se em vez de estarem institucionalizados sem nenhumas condições, pudessem cumprir um serviço militar, ter oportunidade de um exercício de formação, de autoridade, de valores, não poderiam ser mais tarde cidadãos muito melhores e simplesmente não lhes foi dada essa oportunidade?", questionou.

Quer na sua intervenção inicial, quer na resposta às perguntas dos "alunos" desta iniciativa de formação política, o ministro da Defesa rejeitou o regresso de uma obrigatoriedade do serviço militar.

"Nós não precisamos de um Serviço Militar Obrigatório, não há sequer neste momento condições políticas para impor um SMO. Mas há um conjunto de possibilidades que passam por situações já experimentadas noutros países, como a Suécia", disse

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