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Oito em cada 10 trabalhadores na construção são clandestinos

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Cerca de 80 por cento dos trabalhadores da construção civil e obras públicas em Portugal são precários e clandestinos.

Os dados, divulgados pelo Sindicato de Construção do Norte (SCN) e citados pela agência «Lusa», referem que dos dos 550 mil trabalhadores do sector, apenas 20% têm um vínculo laboral estável, estando os restantes 440 mil trabalhadores a laborar de uma forma precária.

«Em cada 10 trabalhadores, apenas dois têm uma relação laboral estável, já que os restantes ou não têm contrato ou têm contrato a termo certo a trabalhar há mais de cinco anos na mesma empresa», refere o dirigente do SCN, Albano Ribeiro, em comunicado.

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Segundo o dirigente, o Minho é «a capital do trabalho precário», estimando-se a existência de mais de 100 mil trabalhadores ilegais na região.

É no Minho que, segundo o sindicato, «são criadas muitas pequenas empresas que desaparecem da noite para o dia sem cumprirem, quer com os trabalhadores, quer com o Estado».

«É preciso urgentemente que as autoridades investiguem as empresas que estão a desviar milhões de euros à segurança social, ao fisco e que não efectuam o pagamento de salários a muitos trabalhadores que estão a laborar em Espanha, França, Alemanha, entre outros países», reitera Albano Ribeiro.

De acordo com as contas do sindicato, tomando como salário base para o sector um valor médio de 518,50 euros, são assim mais de um milhão de euros o total anual desviado à segurança social pelas empresas que contratam os trabalhadores desta forma.

«É preciso combater o trabalho precário e clandestino em todo o país, porque só assim será possível dignificar o trabalho e a profissão e manter a qualidade do produto final», sublinha o dirigente.

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