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Ambiente: África está a ficar sem hipóteses

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OMS considera que o continente precisa de repensar políticas e estratégias

A África está a ficar sem hipóteses face às actuais ameaças ambientais e aos consequentes problemas de saúde pública e precisa de repensar políticas e estratégias, alertou o director da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a região.

O angolano Luís Gomes Sambo destacou assim, em declarações à agência Lusa, a importância da primeira Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente, que esta terça-feira começa em Libreville, Gabão.

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Água não potável, saneamento básico quase inexistente, sobrepovoamento urbano, tratamento de resíduos irregular ou visíveis alterações climáticas são alguns dos muitos problemas identificados pela OMS em África.

«São problemas básicos para os quais a África ainda não encontrou as soluções correctas e que podem ser minimizados, bem como o seu peso na saúde pública», declarou Luís Gomes Sambo.

«Quando falamos em desenvolvimento, estamos igualmente a falar em melhorar a saúde das pessoas. E para melhorar a saúde pública, temos de melhorar o ambiente», disse.

Para o responsável, o encontro em Libreville vai permitir ao continente africano dar os primeiros passos de um diálogo concertado, intersectorial e cada vez mais necessário.

«Pela primeira vez, os ministros africanos vão ter a oportunidade de discutir o interface entre o Ambiente e a Saúde», afirmou. «Vão analisar os problemas comuns, trocar experiências e o debate vai gerar uma nova reflexão e novas ideias».

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Luís Gomes Sambo acredita que os países africanos terão de repensar os seus sistemas de saúde, nomeadamente ao nível dos recursos humanos e das infra-estruturas, e fortalecer a capacidade institucional da área ambiental. «Será que os países em África têm outra hipótese?», questionou.

Como tal, o director regional da OMS espera que no final da conferência, que irá decorrer até sexta-feira, seja assinada uma declaração com as principais linhas de orientação para uma estratégia concertada, envolvendo as áreas da Saúde e Ambiente, mas também ao nível da Educação e das comunidades.

Um plano de intenções que também poderá colocar, segundo as expectativas do director da OMS África, as questões ambientais do continente na agenda da comunidade internacional.

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